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PT troca Lula por Haddad como candidato em evento em Curitiba

Ato público na frente da PF contou com a presença da ex-presidente Dilma Rousseff e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann

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Haddad, com apoiadores e Manoela D'Ávila (D) em Curitiba (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Haddad, com apoiadores e Manoela D'Ávila (D) em Curitiba (Rodolfo Buhrer/Reuters)

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João Pedro Caleiro

Publicado em 11 de setembro de 2018 às, 17h37.

Última atualização em 11 de setembro de 2018 às, 20h04.

São Paulo - O Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou, nesta terça-feira (11), a candidatura de Fernando Haddad à Presidência da República nas eleições 2018.

Houve uma aclamação no início da tarde, em reunião da Executiva do partido, e uma vigília batizada de "Lula Livre" posteriormente em Curitiba, na frente da Superintendência da Polícia Federal.

É lá que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que era até hoje o cabeça da chapa, cumpre pena por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Haddad candidato

Haddad, que foi ministro da Educação entre 2005 e 2011 e prefeito de São Paulo entre 2013 e 2016, fez seu primeiro discurso público como candidato.

Ele chamou Lula de "nosso amigo, nosso querido" e classificou o ex-presidente como "um divisor de águas, um antes e depois" na história do país, por ter saído "das entranhas do nosso povo" e superado "todos os obstáculos".

Haddad então perguntou, de forma retórica, por que havia "tanta injustiça" com Lula e por que as elites brasileiros se incomodaram com sua passagem pelo governo:

“Será que foi ter que sentar do lado de um negro no avião ou nos bancos universitários?”, disse entre outras sugestões.

Carta de Lula

Antes do discurso de Haddad, Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado e um dos fundadores do PT, leu uma carta de Lula em primeira pessoa indicando oficialmente a troca.

A carta destacou a "extrema lealdade" de Haddad, assim como algumas marcas da sua gestão no Ministério da Educação - como Prouni, o Fundeb, o ENEM e o Pronatec.

"Quero pedir, de coração em todos que votariam em mim que votem no companheiro Fernando Haddad para presidente da República”, conclui o texto.

A carta de Lula também menciona sua liderança "disparada" nas pesquisas eleitorais e argumenta que ele foi incluído "artificialmente" na Lei da Ficha Limpa:

“Não cometi nenhum crime e fui condenado pela imprensa muito antes de ser julgado”.

O texto também desafia o Judiciário, citando nominalmente o juiz Sérgio Moro, a apresentar "uma única prova" dos seus crimes.

A abertura do evento foi com a senadora Gleisi Hoffman, presidente do PT, que disse que "Lula não teve seus direitos respeitados ao longo deste processo" e que este era um "momento de dor" para o partido. Ela puxou, posteriormente, o coro "Boa noite, presidente Lula" e "Lula livre".

Também estavam presentes no palco, mas não discursaram, Dilma Rousseff, presidente que sofreu impeachment em abril de 2016, e Manuela D'Ávila, agora candidata à vice-Presidência pelo PCdoB. A chapa também conta com o PROS.

Veja como foi o evento, que estava previsto para as 15 horas e começou com mais de duas horas de atraso:

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