Meteorologia: diversos estados do país registraram temperaturas elevadas nos últimos meses (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Repórter da Home
Publicado em 1 de dezembro de 2023 às 17h15.
Após a onda de calor e as tempestades que atingiram o Brasil recentemente, o mês de dezembro será marcado novamente por ocorrências de chuvas e altas temperaturas.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a região Sul deve seguir a tendência de temporais, principalmente em Santa Catarina e Paraná. Para estes estados, são esperados volumes acima de 180 mm.
Em relação ao Paraná, o Inmet também emitiu nesta sexta-feira, 1, alerta amarelo (potencial perigo) para tempestade até às 10h00 da manhã de sábado, 2. Há risco de chuva de 20 até 50 mm/h e ventos intensos 40 a 60 km/h.
Para os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, foi emitido hoje o alerta laranja (perigo), com possibilidade de chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia e ventos intensos 60 a 100 km/h.
Embora os temporais sejam aguardados para grande parte da região Sul ao longo do mês, a condição climática pode ser diferente para o Rio Grande do Sul. Volumes menores são previstos para o centro-sul gaúcho, onde as chuvas devem ficar próximas ou ligeiramente abaixo da média.
Em grande parte do Nordeste permanecerá o clima seco, com acumulações de chuva previstas que não ultrapassam os 100 mm. Enquanto no Norte, os volumes devem ficar abaixo de 200 mm, especialmente no oeste do Amazonas e leste do Pará.
Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão indica chuvas acima da média, com volumes que podem superar os 300 mm em municípios do Mato Grosso, Goiás, centro-sul de Minas Gerais, nordeste de São Paulo e sul do Rio de Janeiro. Por outro lado, no norte de Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo, as chuvas previstas para o mês podem ficar abaixo da média, com volumes inferiores a 200 mm.
O El Niño elevou as temperaturas no Brasil e em outros países e, ao que tudo indica, 2023 pode encerrar como o ano mais quente já registrado. Segundo o site Climatempo, o fenômeno deve atingir seu ápice entre dezembro e janeiro, intensificando as condições climáticas a partir desta semana.
Por outro lado, a previsão é de que o calor deste mês não seja tão severo como foi em novembro e outubro. A onda de calor que resultou nas máximas históricas consistiu em um evento isolado, por não ter relação com a tendência de calor do verão.
No último mês do ano, são esperadas temperaturas um pouco acima da média, mas sem chegar a níveis extremos. Em novembro, por exemplo, São Paulo registrou um mês com uma média 3°C acima do normal, passando de 26°C para 29,6°C. No entanto, para dezembro, a expectativa é que essa diferença seja de apenas 1°C.