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Abin cria sistemas para proteger dados do governo

Os novos equipamentos foram apresentados no Planalto em 14 de agosto a representantes de mais de 30 ministérios

Dilma Rousseff: apesar de ter o celular seguro, a presidente quase nunca o usa (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2013 às 09h13.

Brasília - Feitos para proteger dados de espiões e sistemas de monitoramento, o CriptoGOV e o cGOV devem estar prontos para uso nos próximos dias. Os novos equipamentos foram apresentados no Planalto em 14 de agosto a representantes de mais de 30 ministérios.

O sistema, muito mais simples que os existentes hoje, é uma espécie de pen drive chamado de Plataforma Criptográfica Portátil (PCP), que pode ser conectado em qualquer porta USB, acompanhado de um aplicativo. O sistema cria áreas seguras no computador, em outro pen drive ou na própria plataforma. Ali, os documentos que forem criados são automaticamente criptografados. Com o cGOV, esses documentos podem ser transmitidos pela internet também sob segurança.

Os técnicos da Abin acreditam que a facilidade de operação do sistema permitirá que a presidente, ministros e outros servidores com acesso à informações sensíveis passem a usar com mais frequência os sistema de criptografia. Até o escândalo que revelou a espionagem americana no Brasil, ministérios, a Presidência e empresas com informações sensíveis tinham dificuldade de encarar o uso da proteção de dados como necessidade primária.

A Abin criou há alguns anos telefones - fixos e móveis - com transmissão criptografada que dificultam a decodificação de conversas sigilosas. Dilma tem telefones fixos em sua sala no Planalto e no Alvorada. Tem também um dos celulares criptografados. Outros ministros, como Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) e Celso Amorim (Defesa) também possuem aparelhos fixos e móveis protegidos. Mas a maioria revela certa dificuldade de usá-los.

Hábito

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, revelou que, apesar de ter o celular seguro, a presidente quase nunca o usa. O ex-chanceler Antonio Patriota usava o fixo mais para receber chamadas. Tinha o cuidado de, ao falar de assuntos sensíveis, evitar seu próprio celular - variava entre os dos assessores -, mas raramente carregava o seguro.

Amorim parece ser um dos únicos que têm o hábito de usar o aparelho protegido. Mas conversas mais sensíveis com os comandantes das Forças são feitas pessoalmente.

Depois da denúncia de que os EUA monitoravam as comunicações de Dilma e assessores próximos, aumentou o interesse pelos equipamentos da Abin. Eles devem começar a ser distribuídos nos próximos dias. Quase todos devem receber tanto os telefones quanto os novos sistemas de codificação. Com a criptografia, espiões podem até acessar e-mails ou telefonemas, mas conseguirão ver e ouvir apenas ruídos e códigos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

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Brasília - Feitos para proteger dados de espiões e sistemas de monitoramento, o CriptoGOV e o cGOV devem estar prontos para uso nos próximos dias. Os novos equipamentos foram apresentados no Planalto em 14 de agosto a representantes de mais de 30 ministérios.

O sistema, muito mais simples que os existentes hoje, é uma espécie de pen drive chamado de Plataforma Criptográfica Portátil (PCP), que pode ser conectado em qualquer porta USB, acompanhado de um aplicativo. O sistema cria áreas seguras no computador, em outro pen drive ou na própria plataforma. Ali, os documentos que forem criados são automaticamente criptografados. Com o cGOV, esses documentos podem ser transmitidos pela internet também sob segurança.

Os técnicos da Abin acreditam que a facilidade de operação do sistema permitirá que a presidente, ministros e outros servidores com acesso à informações sensíveis passem a usar com mais frequência os sistema de criptografia. Até o escândalo que revelou a espionagem americana no Brasil, ministérios, a Presidência e empresas com informações sensíveis tinham dificuldade de encarar o uso da proteção de dados como necessidade primária.

A Abin criou há alguns anos telefones - fixos e móveis - com transmissão criptografada que dificultam a decodificação de conversas sigilosas. Dilma tem telefones fixos em sua sala no Planalto e no Alvorada. Tem também um dos celulares criptografados. Outros ministros, como Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) e Celso Amorim (Defesa) também possuem aparelhos fixos e móveis protegidos. Mas a maioria revela certa dificuldade de usá-los.

Hábito

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, revelou que, apesar de ter o celular seguro, a presidente quase nunca o usa. O ex-chanceler Antonio Patriota usava o fixo mais para receber chamadas. Tinha o cuidado de, ao falar de assuntos sensíveis, evitar seu próprio celular - variava entre os dos assessores -, mas raramente carregava o seguro.

Amorim parece ser um dos únicos que têm o hábito de usar o aparelho protegido. Mas conversas mais sensíveis com os comandantes das Forças são feitas pessoalmente.

Depois da denúncia de que os EUA monitoravam as comunicações de Dilma e assessores próximos, aumentou o interesse pelos equipamentos da Abin. Eles devem começar a ser distribuídos nos próximos dias. Quase todos devem receber tanto os telefones quanto os novos sistemas de codificação. Com a criptografia, espiões podem até acessar e-mails ou telefonemas, mas conseguirão ver e ouvir apenas ruídos e códigos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

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