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(Getty Images/Reprodução)
Jornalista
Publicado em 29 de julho de 2022 às 12h30.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 15h07.
Nem mesmo a crise causada pela pandemia foi capaz de frear o agronegócio brasileiro. Na verdade, de acordo com a última medição do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o PIB do setor cresceu 8,36% no ano passado – alcançando a participação recorde de 27,4% no total do PIB brasileiro.
E, à medida em que a tecnologia se aproxima do campo e ajuda a reduzir custos e otimizar processos, a tendência é que o setor continue expandindo. Não à toa, de acordo com um relatório recente da Distrito, pequenas empresas de tecnologia dedicadas a soluções para agricultura e pecuária captaram R$ 54,7 milhões nos primeiros cinco meses de 2022, mais da metade de todo o montante recebido ao longo de 2021.
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Mas quais são as principais tendências de tecnologia no agronegócio? É o que te mostramos abaixo.
Ainda que não sejam exatamente uma novidade para o setor, os drones estão ganhando cada vez mais força no agronegócio. Para se ter uma ideia, segundo a edição mais recente da pesquisa “Situação da Indústria de Drones”, divulgada anualmente pela DroneDeploy, mais da metade (54%) dos agricultores do mundo pretende aumentar os investimentos na tecnologia em 2022.
Os motivos para isso vão desde o bom custo benefício do equipamento quando comparado a outras aeronaves, até a versatilidade de funções que ele pode desempenhar no campo – do sobrevoo de propriedades para captação de imagens, identificação de pragas e mapeamento de áreas de difícil acesso à pulverização de plantações.
Apesar de ter se popularizado por sua aplicação no mercado financeiro, a tecnologia blockchain também desponta como uma tendência promissora para o agronegócio.
Por se tratar de um sistema que permite rastrear o envio e recebimento de informações em tempo real, ele pode ser utilizado para diminuir fraudes, melhorar a logística e trazer mais transparência à cadeia produtiva das empresas – ajudando, portanto, na implementação de uma agenda mais alinhada aos critérios ESG também.
Não à toa, algumas empresas do agronegócio brasileiro já anunciaram o uso de blockchain em suas cadeias de produção. É o caso da JBS, que já considera o blockchain essencial para o sucesso da empresa; e da biorrefinaria Uisa, que incorporou recentemente a tecnologia aos seus processos de produção.
A automatização de maquinários também aparece como uma das principais tendências para o agronegócio nos próximos anos. Afinal, por meio de “máquinas inteligentes”, equipadas com sensores, softwares, inteligência artificial e que podem ser controladas remotamente, é possível economizar tempo e custo de produção.
Atentas à essa tendência, grandes empresas do setor já começaram a lançar equipamentos para suprir essa demanda. É o caso da Case IH, que lançou uma colheitadeira com sensores capazes de coletar dados da operação e autorregular o sistema, e que promete proporcionar um aumento de 15% na produtividade.
Quer saber mais sobre as “supermáquinas” do agronegócio? Nós preparamos um episódio da série EXAME Agro inteiro sobre isso. Clique aqui para conferir!