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(Karin Slomão/Exame)
Repórter de agro e macroeconomia
Publicado em 28 de novembro de 2024 às 18h31.
Última atualização em 28 de novembro de 2024 às 18h35.
O sistema de Vigilância Agropecuária (Vigiagro) do Aeroporto Internacional de Guarulhos interceptou, nesta quarta-feira, 27, uma bagagem contendo 386 tartaruguinhas de casco mole chinesas.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), os animais estavam em estado crítico devido ao transporte inadequado. Por questões sanitárias, o Mapa proíbe a entrada de animais silvestres no Brasil sem as devidas autorizações e certificações zoossanitárias.
A equipe do Vigiagro, que inicialmente imaginou tratar-se de caranguejos ou peixe fresco, foi surpreendida ao abrir a bagagem e encontrar a grande quantidade de filhotes de tartarugas.
A suspeita é que os animais seriam destinados à medicina tradicional chinesa, onde são usados há milhares de anos para tratar uma variedade de doenças. Com o crescimento econômico da China, a preocupação com a extinção das tartarugas no país tem aumentado.
Para a entrada legal de espécies exóticas no Brasil, é necessário obter autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).
Como a documentação exigida não foi apresentada, os animais foram apreendidos, e uma multa de R$ 72 mil foi aplicada ao responsável pelo transporte, que foi liberado posteriormente.