Preocupação com o clima atinge auge no mercado agrícola
Os estoques globais encolhem enquanto a demanda está em alta em meio à seca que atinge plantações em países como Estados Unidos, Brasil e Rússia
Bloomberg
Publicado em 10 de junho de 2021 às 20h14.
Última atualização em 22 de junho de 2021 às 11h42.
Por Kim Chipman, da Bloomberg
No mundo agrícola , a preocupação com o clima atingiu o auge. Os estoques globais encolhem enquanto a demanda está em alta em meio à seca que atinge plantações em países como Estados Unidos, Brasil e Rússia. Como resultado, os períodos de chuva e de seca são examinados ao extremo. Os futuros de grãos atingiram os maiores níveis em quase uma década no mês passado, antes de reduzir os ganhos em meio ao forte ritmo da temporada de plantio.
Agora, pouca ou muita chuva nos principais produtores deve determinar se os preços sobem novamente ou desaceleram ainda mais.
Nos Estados Unidos, tradings e investidores geralmente se concentram em gigantes de milho e soja, como os estados de Iowa e Illinois. Agora, estão obcecados sobre o clima seco em produtores de segunda linha, como Dakota do Norte. A forte estiagem já prejudicou a safra de milho do Brasil quando a China busca comprar todos os grãos disponíveis para repor os estoques e alimentar seu plantel de suínos, o maior do mundo.
“Todo bushel é importante”, disse Kevin McNew, economista-chefe da Farmers Business Network, empresa de tecnologia agrícola. “Mesmo que estejamos falando sobre seca em áreas de menor cultivo de milho e soja, como as Dakotas.”, afirmou em entrevista.
O padrão climático deste ano é especialmente complicado porque, embora algumas áreas estejam sofrendo com terras áridas, muita chuva em outras regiões também é um problema para alguns agricultores, aumentando a volatilidade do mercado.
Os preços dos contratos futuros de milho, soja e trigo mais ativos em Chicago recuaram nas últimas quatro semanas, pois o clima favorável ajudou as lavouras. O subíndice Bloomberg Grains Spot, que acumula alta acima de 70% nos últimos 12 meses, perdeu cerca de 8% desde 7 de maio.
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