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PIB do agronegócio cai 2,8% no segundo trimestre, mostra IBGE

Geadas afetaram culturas como a de café e milho, influenciando queda no 3º trimestre em comparação aos três meses anteriores; no 1º semestre, houve crescimento de 3,3%

Geadas afetaram safra de milho e outras culturas em julho (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Geadas afetaram safra de milho e outras culturas em julho (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

CA

Carla Aranha

Publicado em 1 de setembro de 2021 às 09h44.

Última atualização em 1 de setembro de 2021 às 11h41.

O PIB da agropecuária caiu 2,8% no segumdo trimestre em comparação aos três meses anteriores, segundo dados do IBGE. Em relação a igual período do ano passado, no entanto, houve crescimento de 1,3%, puxado principalmente pelo desempenho de produtos como a soja (9,8%) e arroz (4,1%). Fatores climáticos, como as geadas, afetaram negativamente as culturas de café, que caiu 21% no segundo trimestre, algodão (-21%) e milho (-11,3%). A pecuária e produção florestal tiveram crescimento no trimestre.

No primeiro semestre, o PIB do agro cresceu 3,3% em relação ao mesmo período do ano passado, diante de 10% da expansão da indústria e 4,7% de serviços, que estão entre os setores mais afetados pela pandemia. O PIB geral do país aumentou 6,4% no primeiro semestre.

A expectativa é que o agronegócio atinja um faturamento de 1 trilhão de reais este ano, o maior da história, com a valorização das commodities no mercado internacional e aumentos de produtividade no campo, segundo o Ministéro da Agricultura. As exportações deverão somar 120 bilhões de dólares, 20% a mais do que em 2020. As estimativas levam em conta o impacto negativo das geadas, que afetaram principalmente a safra de milho.

Em julho, as exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango superaram pela primeira vez a marca de 2 bilhões de dólares, com aumento de quase 10% no volume embarcado e de 24% nos preços. “Estamos produzindo mais e melhor, o que beneficia nosso setor neste momento de aquecimento da demanda por produtos alimentares”, diz Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal.

 

 

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