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Cenoura e mamão têm a maior queda média de preço no atacado em maio, diz Conab

O movimento preponderante de preços para batata também foi de baixa. A alface, a cebola e o tomate não tiveram movimento uniforme entre as Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas

A pesquisa da Conab considera as cinco hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do País (Alexander Spatari/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 20 de junho de 2023 às 12h06.

Última atualização em 20 de junho de 2023 às 12h07.

Os preços da cenoura e do mamão comercializados nos principais mercados atacadistas do País apresentaram quedas significativas em maio, registrando redução média de 21,23% e 17,09%, respectivamente. Isso é o que mostra o 6º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), da Companhia Nacional de Abastecimento ( Conab ), divulgado nesta terça-feira, 20.

O movimento preponderante de preços para batata também foi de baixa. A alface, a cebola e o tomate não tiveram movimento uniforme entre as Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas.

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A pesquisa da Conab considera as cinco hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do País e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).

Segundo a Conab, as cotações da cenoura caíram em todas as Ceasas em maio. "O total movimentado nas Ceasas consideradas no boletim aumentou 16,5%, em maio, em relação a abril, reflexo do aumento da oferta nos estados da Bahia, de Goiás, de Minas Gerais, do Paraná e de São Paulo", explicou a Conab.

Após alta em abril, observou-se em maio nova queda de preços da batata, retomando o movimento verificado no mercado desde o início do ano. A principal causa dessa queda de preço "foi o nível de oferta registrado nas Ceasas. Em maio, o total de oferta foi o segundo maior nível dos últimos anos, só superado pela de março", diz o boletim da estatal.

No caso da cebola, houve estabilidade de preços em maio. Não houve variação na média ponderada quando comparada com abril. "O movimento de queda de preços, que vinha se apresentando nos mercados desde dezembro de 2022, não mais se verificou em maio. Porém, em importantes Ceasas, a diminuição ainda aconteceu", comentou a Conab.

Sem uma tendência uniforme, os preços da alface subiram em quatro Ceasas, ficaram estáveis em duas e caíram em cinco.

Não houve uma tendência preponderante no comportamento de preços do tomate nas Ceasas. A oferta nacional evoluiu 10% em relação a abril, "impulsionada pela aceleração da safra de inverno, que abastece os mercados atualmente".

Preço das frutas

Em maio, o movimento preponderante de preços para laranja e mamão foi de baixa nos preços. A maçã e a melancia tiveram movimento de alta entre a maioria dos mercados atacadistas. Já a banana não teve movimento uniforme entre os mercados.

"A maior quantidade de mamão, principalmente da variedade formosa, influencia na queda dos preços. Além disso, a queda da qualidade por causa do frio e da concorrência com outras frutas também explicam as baixas nas cotações no último mês. Os valores na comercialização da variedade papaia também diminuíram, mas em menor intensidade", disse a Conab.

Também houve queda também para os preços da laranja, a partir da maior oferta da fruta com crescimento da colheita de laranjas precoces.

Em contrapartida, maçã e melancia ficaram mais caras no atacado. "O controle de oferta da maçã, principalmente da variedade fuji, passou a ser feito de forma mais incisiva, influenciando nos preços nos mercados analisados. No caso da melancia, a alta se deu, mesmo com a menor demanda, explicada pelo tempo mais frio no fim do mês, em virtude do fim da oferta da produção baiana e paulista", comentou a estatal.

Para a banana, os preços permaneceram praticamente estáveis. Foi registrado um pequeno aumento da oferta da variedade prata e nanica em diversas regiões produtoras, principalmente no norte mineiro, norte catarinense e no meio-oeste baiano, apesar da diminuição das temperaturas, que causou impacto no amadurecimento das frutas no Centro-Sul do País.

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