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Alta no preço das commodities deve durar vários anos

Ganhos no preço dos grãos deverão persistir no longo prazo com alta da demanda e escassez de mão de obra, diz Goldman Sachs

Produção de soja no Mato Grosso: preço dos grãos deve continuar em alta (Paulo Fridman/Bloomberg/Getty Images)

Produção de soja no Mato Grosso: preço dos grãos deve continuar em alta (Paulo Fridman/Bloomberg/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 26 de janeiro de 2022 às 14h34.

Última atualização em 27 de janeiro de 2022 às 10h13.

O aumento nos preços de grãos que elevou a inflação global de alimentos às máximas em uma década pode persistir em meio a um superciclo de commodities de vários anos, segundo o Goldman Sachs.

Jeff Currie, chefe global de pesquisa de commodities do banco, reiterou a visão de que as commodities caminham para um superciclo com potencial de durar uma década. Os ganhos nos preços de metais e grãos provavelmente serão “mais rígidos e de longo prazo”, disse ele em entrevista à Bloomberg TV nesta quarta-feira.

Secas, problemas na cadeia de suprimentos, escassez de mão de obra e aumento da demanda elevaram os preços dos alimentos em todo o mundo em cerca de um quarto no ano passado. Embora o índice das Nações Unidas que acompanha os preços mundiais dos alimentos tenha recuado em dezembro, estes permanecem perto de seu recorde histórico de 2011.

As preocupações com o clima ainda são abundantes para os principais fornecedores agrícolas à medida que o fenômeno La Niña interrompe as condições típicas de cultivo. A seca em algumas partes do Brasil e da Argentina está reduzindo as expectativas de colheitas abundantes de soja e milho. Os preços dos grãos podem subir ainda mais, embora não muito neste ano, de acordo com Currie.

“Os estoques de trigo e milho não são tão críticos quanto os de gás e petróleo”, disse Currie. “No entanto, a colheita na América Latina parece decepcionante, o que significa que, à medida que avançamos para o final do ano, o colchão pode ser eliminado.”

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