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Repórter de agro e macroeconomia
Publicado em 13 de janeiro de 2025 às 11h05.
Última atualização em 13 de janeiro de 2025 às 11h05.
O agronegócio de São Paulo registrou um crescimento de 5,8% em 2024, alcançando de US$ 25 bilhões de superávit, segundo dados da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado, divulgados nesta segunda-feira, 13, pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta).
De acordo com a pasta, o setor exportou um total de US$ 30,64 bilhões, um aumento de 6,8% em relação a 2023. Por outro lado, as importações somaram US$ 5,65 bilhões, com crescimento de 11,9% no período.
As exportações do agronegócio paulista representaram 43,2% do total embarcado pelo estado, enquanto as importações setoriais corresponderam a 7,4%.
Na balança comercial, os embarques de São Paulo, excluindo o agronegócio, somaram US$ 40,27 bilhões em 2024, enquanto as importações chegaram a US$ 70,19 bilhões, resultando em um déficit comercial de US$ 29,92 bilhões.
Segundo a Secretaria de Agricultura, o déficit no comércio exterior paulista seria ainda maior sem o desempenho positivo do agronegócio, que continua a ser um pilar importante para a balança comercial do estado.
De acordo com o secretário Guilherme Piai, em 2025 o estado de São Paulo deve se consolidar como a maior potência agroambiental do país. No radar, segundo Piai, está o pedido de R$ 1 bilhão em financiamento ao Banco Mundial para o programa "Microbacias III", que será analisado pela Comissão de Financiamento Externo (Cofiex).
"O governo paulista investirá mais ainda em políticas públicas, como irrigação, crédito e seguro rural, regularização ambiental e fundiária, incentivando a produção de alimentos para abastecer o País e preços competitivos no mercado internacional", afirma Piai.
As exportações do agronegócio de São Paulo em 2024 foram lideradas pelo complexo sucroalcooleiro, que representou 40,1% do total, com receitas de R$ 74,16 bilhões. O açúcar foi o principal produto do setor, correspondendo a 93% desse valor, enquanto o etanol contribuiu com 7%.
O segmento de carnes ocupou a segunda posição, com 11,6% de participação e exportações totalizando R$ 21,52 bilhões, sendo a carne bovina responsável por 84,2% do montante.
Na terceira colocação, os produtos florestais responderam por 10,2% das exportações, com R$ 18,93 bilhões em receitas — a celulose destacou-se, representando 54,9% do setor, seguida pelo papel, com 37,4%.
O grupo de sucos alcançou 9,6% de participação, somando R$ 17,78 bilhões, com o suco de laranja dominando o segmento e representando 98,1% das exportações.
O complexo soja respondeu por 7,4% do total, com R$ 13,68 bilhões, sendo a soja em grão responsável por 78,9% do valor exportado.
Tradicionalmente relevante, o grupo de café ocupou a sexta posição, com vendas totais de R$ 7,71 bilhões. Deste valor, 71% corresponderam ao café verde, enquanto 24,8% foram de café solúvel — os cinco principais grupos de produtos representaram 78,9% das exportações setoriais paulistas.