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Suspeito de assassinato em Londres é islamita há dez anos

Em um vídeo transmitido pelo canal "ITV", é possível ver o suposto agressor falando sem se esconder das câmeras e justificando o ataque em nome do Islã

Ataque em Londres: segundo os meios de comunicação britânicos, a família do suspeito viveu em Romford até "aproximadamente 2004". (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2013 às 14h08.

Londres - Um dos suspeitos do assassinato de um soldado em Londres é um britânico de origem nigeriana, que se converteu ao islamismo e se radicalizou há cerca de dez anos, informam nesta quinta-feira os meios de comunicação locais.

Esse homem foi identificado como Michael Olumide Adebolajo, de 28 anos, que foi visto, após o ataque perpetrado ontem no bairro de Wollwich, falando com várias pessoas congregadas, invocando Alá, com as mãos ensanguentadas e carregando um facão.

Em um vídeo transmitido pelo canal "ITV", é possível ver o suposto agressor falando sem se esconder das câmeras e justificando o ataque em nome do Islã.

O site do jornal "The Guardian" publica hoje o testemunho de várias pessoas que conheciam Adebolajo e que lembram que, quando era estudante, era um menino "normal", nascido no bairro londrino de Lambeth em dezembro de 1984 e criado na cidade de Romford, ao nordeste da capital.

Segundo estes testemunhos, o suspeito "se deslocava para escola de ônibus, jogava futebol e parecia ter muitos amigos".

Quanto à família do suposto assassino, de origem nigeriana, são todos cristãos praticantes.

Adebolajo estudou na Universidade de Greenwich (sudeste de Londres), onde ficou alojado em residências para estudantes entre 2004 e 2005.

Os amigos do detido fizeram vários comentários nas redes sociais e mostraram surpresa pelo fato.


Em um das mensagens, um de seus amigos da infância afirma que Adebolajo "sempre foi um bom menino no colégio, que fazia qualquer coisa por qualquer um".

No entanto, um homem de 63 anos, que vive há 25 anos no bairro onde aconteceu o ataque, relatou que os vizinhos já tinham tido "más experiências" com o suspeito quando era adolescente.

Segundo os meios de comunicação britânicos, a família do suspeito viveu em Romford até "aproximadamente 2004", quando aparentemente seus pais se divorciaram e mudaram-se para Lincoln (centro da Inglaterra).

Os serviços de segurança britânicos investigam os supostos vínculos do homem com o grupo muçulmano extremista Al-Muhajiroun, proibido após os atentados de 7 de julho de 2005 em Londres, assim como o fato de que mudou seu nome para "Mujaahid", que significa "quem se envolve com o Jihad".

O jornal "The Independent" revela que o ex-líder dessa organização extremista, Anjem Choudary, definiu o suspeito como "um menino agradável e tranquilo", convertido ao islamismo em 2003.

"Era um tipo completamente normal, simplesmente interessado no islã, em memorizar o Corão. Desapareceu há uns dois anos e não sei que influências teve desde então", disse Choudary.

Fundado em 1983 pelo islamita Omar Baakri Muhammad, Al-Muhajiroun adquiriu notoriedade por tentar justificar os atentados terroristas de setembro de 2001 nos EUA e por fomentar a retórica islamita no Reino Unido.

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Londres - Um dos suspeitos do assassinato de um soldado em Londres é um britânico de origem nigeriana, que se converteu ao islamismo e se radicalizou há cerca de dez anos, informam nesta quinta-feira os meios de comunicação locais.

Esse homem foi identificado como Michael Olumide Adebolajo, de 28 anos, que foi visto, após o ataque perpetrado ontem no bairro de Wollwich, falando com várias pessoas congregadas, invocando Alá, com as mãos ensanguentadas e carregando um facão.

Em um vídeo transmitido pelo canal "ITV", é possível ver o suposto agressor falando sem se esconder das câmeras e justificando o ataque em nome do Islã.

O site do jornal "The Guardian" publica hoje o testemunho de várias pessoas que conheciam Adebolajo e que lembram que, quando era estudante, era um menino "normal", nascido no bairro londrino de Lambeth em dezembro de 1984 e criado na cidade de Romford, ao nordeste da capital.

Segundo estes testemunhos, o suspeito "se deslocava para escola de ônibus, jogava futebol e parecia ter muitos amigos".

Quanto à família do suposto assassino, de origem nigeriana, são todos cristãos praticantes.

Adebolajo estudou na Universidade de Greenwich (sudeste de Londres), onde ficou alojado em residências para estudantes entre 2004 e 2005.

Os amigos do detido fizeram vários comentários nas redes sociais e mostraram surpresa pelo fato.


Em um das mensagens, um de seus amigos da infância afirma que Adebolajo "sempre foi um bom menino no colégio, que fazia qualquer coisa por qualquer um".

No entanto, um homem de 63 anos, que vive há 25 anos no bairro onde aconteceu o ataque, relatou que os vizinhos já tinham tido "más experiências" com o suspeito quando era adolescente.

Segundo os meios de comunicação britânicos, a família do suspeito viveu em Romford até "aproximadamente 2004", quando aparentemente seus pais se divorciaram e mudaram-se para Lincoln (centro da Inglaterra).

Os serviços de segurança britânicos investigam os supostos vínculos do homem com o grupo muçulmano extremista Al-Muhajiroun, proibido após os atentados de 7 de julho de 2005 em Londres, assim como o fato de que mudou seu nome para "Mujaahid", que significa "quem se envolve com o Jihad".

O jornal "The Independent" revela que o ex-líder dessa organização extremista, Anjem Choudary, definiu o suspeito como "um menino agradável e tranquilo", convertido ao islamismo em 2003.

"Era um tipo completamente normal, simplesmente interessado no islã, em memorizar o Corão. Desapareceu há uns dois anos e não sei que influências teve desde então", disse Choudary.

Fundado em 1983 pelo islamita Omar Baakri Muhammad, Al-Muhajiroun adquiriu notoriedade por tentar justificar os atentados terroristas de setembro de 2001 nos EUA e por fomentar a retórica islamita no Reino Unido.

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