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Zuckerberg critica Twitter por checar tuítes de Trump e Jack Dorsey reage

O presidente do Facebook disse que redes sociais não devem atuar como juizes da verdade sobre tudo que as pessoas dizem na internet

Mark Zuckerberg: o presidente do Facebook é contra redes sociais atuando como árbitros da verdade (George Frey/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)

Mark Zuckerberg: o presidente do Facebook é contra redes sociais atuando como árbitros da verdade (George Frey/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 28 de maio de 2020 às 11h23.

Última atualização em 28 de maio de 2020 às 11h27.

Mark Zuckerberg, presidente e cofundador do Facebook, criticou o Twitter por realizar a checagem de informações em tuítes do presidente americano Donald Trump. Em entrevista para a Fox News, Zuckerberg afirmou que não é o papel de uma rede social atuar como juiz da verdade.

“Acredito que temos uma política diferente do que Twitter”, disse Zuckerberg. “Eu acredito muito que o Facebook não deveria ser um árbitro da verdade de tudo que as pessoas dizem na internet. Companhias privadas provavelmente não deveriam estar, especialmente essas empresas de plataformas, na posição de fazer isso.”

O presidente global do Twitter Jack Dorsey reagiu à declaração do rival dizendo que não atua como juiz da verdade, mas vai continuar a analisar tuítes que contenham informações falsas.

“Nossa intenção é conectar os pontos dos conflitos de discursos e mostrar informações em disputa para que as pessoas possam fazer seus próprios julgamentos. Mais transparência para nós é crucial para que as pessoas possam ver com clareza os motivos por trás de nossas ações”, afirmou Dorsey.

O executivo do Twitter também disse que irá continuar a reportar informações incorretas ou controversas sobre eleições no mundo todo e que a empresa se responsabilizará por quaisquer erros cometidos no processo.

Combate à desinformações sobre coronavírus

Em março, as redes sociais começaram uma cruzada contra informações falsas sobre o novo coronavírus. O Facebook passou a direcionar seus usuários a sites oficiais de governos. A rede social tem, ainda, uma aba chamada “Centro de Informação Sobre o Coronavírus” em países europeus. O objetivo é concentrar e destacar informações verificadas sobre a progressão da pandemia.

Fora isso, em um raro esforço conjunto, as empresas de tecnologia Facebook, Google, YouTube, Microsoft, LinkedIn, Reddit e Twitter divulgaram um comunicado sobre medidas para conter a propagação de informações falsas sobre a covid-19. “Estamos ajudando milhões de pessoas a permanecer conectadas enquanto combatemos em conjunto fraudes e desinformações sobre o vírus ao destacar conteúdos de autoridades em nossas plataformas e ao compartilhar atualizações críticas em coordenação com agências governamentais de saúde em todo o mundo”, segundo o comunicado.

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