Tecnologia

X processa organização por relatórios sobre ódio crescente na rede social

Empresa de Elon Musk acusa CCDH de produzir estudos "equivocados" que custaram dezenas de milhões de dólares

X: receita com plataforma entrou em colapso desde Musk a comprou, em outubro de 2022 (Monika Skolimowska/Getty Images)

X: receita com plataforma entrou em colapso desde Musk a comprou, em outubro de 2022 (Monika Skolimowska/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 1 de agosto de 2023 às 18h12.

A rede social X entrou com um processo em um tribunal dos Estados Unidos contra um grupo sem fins lucrativos, o Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH, na sigla em inglês), por ter elaborado um relatório que afirma que o discurso de ódio aumentou na plataforma, anteriormente conhecida como Twitter.

O X, empresa de propriedade de Elon Musk, acusa o CCDH de produzir estudos "equivocados" que custaram dezenas de milhões de dólares à empresa de tecnologia, conforme uma cópia da ação judicial.

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No entanto, a base legal descrita na ação movida em San Francisco na noite de segunda-feira é que a organização violou os termos de serviço do X na forma como acessou os dados para seus relatórios.

O CEO do CCDH, Imran Ahmed, afirmou nesta terça-feira, 1º, que a ação legal de Musk é um esforço para silenciar os críticos e vem "diretamente do livro de jogadas autoritárias".

Ahmed defendeu a pesquisa do grupo e disse que ela mostra que o ódio e a desinformação estão se espalhando como "fogo em palha" na empresa de Musk.

A ação do bilionário pede ao tribunal uma indenização em dinheiro não especificada para o X e uma ordem judicial para que o CCDH pare de obter dados da forma como tem feito para seus relatórios.

A ação acusa o CCDH e sua matriz no Reino Unido de serem "organizações ativistas que se passam por agências de pesquisa".

"A tentativa de Musk é atirar no mensageiro que destaca o conteúdo tóxico em sua plataforma em vez de lidar com o ambiente tóxico que ele criou", disse Ahmed em um comunicado.

"Musk não nos intimidará para que fiquemos calados", acrescentou.

Impactos

Desde que Musk comprou o Twitter por US$ 44 bilhões (R$ 235 bilhões, na cotação da época) em outubro passado, a receita com plataforma entrou em colapso devido à rejeição de sua gestão pelos especialistas em marketing e às demissões em massa que prejudicaram a moderação de conteúdo.

Em resposta, o empresário passou a construir uma base de assinantes e um modelo de pagamento para buscar novas receitas.

Muitos usuários e anunciantes reagiram negativamente às novas taxas da rede social por serviços que antes eram gratuitos, às mudanças em sua moderação de conteúdo e ao retorno de contas de extrema direita previamente banidas.

Em dezembro, Musk restaurou a conta na rede social do ex-presidente Donald Trump, que ainda não voltou a usar a plataforma.

O X também recentemente reintegrou à plataforma o músico e estilista Kanye West, cerca de oito meses após sua conta ter sido suspensa, de acordo com informações da mídia.

Em outubro de 2022, West, agora conhecido como Ye, publicou uma imagem que parecia mostrar uma suástica entrelaçada com uma estrela de Davi, e Musk suspendeu o artista da plataforma.

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