WhatsApp fica mais seguro no computador com autenticação biométrica
O aplicativo tornará mais difícil a vida de bisbilhoteiros e suas mensagens devem ficar mais seguras
Lucas Agrela
Publicado em 28 de janeiro de 2021 às 05h00.
Última atualização em 1 de fevereiro de 2021 às 17h05.
O WhatsApp sempre foi um aplicativo dedicado ao smartphone e, portanto, a grande maioria das novidades têm sido para o serviço em celulares. Desde que o WhatsApp Web foi lançado, em janeiro de 2015, poucas novidades foram adicionadas à sua versão para computadores. Hoje, o aplicativo muda de postura traz um novo recurso para tornar o uso em PCs mais seguro: agora, será preciso realizar um desbloqueio biométrico (por reconhecimento facial ou por impressão digital) para poder fazer a leitura do código QR e usar o aplicativo de mensagens em um computador. A novidade é anunciada no Dia Mundial da Privacidade de Dados -- que acontece poucos dias depois do vazamento de mais de 220 milhões de brasileiros na internet.
A liberação do acesso ao WhatsApp Web acontece no seu smartphone, seja ele com sistema operacional Android ou iOS. Com isso, não é necessário que o computador ou notebook tenha um sensor biométrico.
O recurso foi criado pelo WhatsApp para minimizar problemas de privacidade quando, por exemplo, alguém conecta o WhatsApp Web a um computador para ter acesso às suas mensagens sem a sua autorização.
A API utilizada pelo aplicativo para ter acesso às informações biométricas é similar à utilizada por aplicativos de bancos e corretoras. Ou seja, o WhatsApp, bem como as instituições financeiras, não têm acesso a tais informações, que ficam guardadas no celular de cada usuário.
O novo recurso de segurança para o WhatsApp Web será habilitado por padrão para todos os usuários a partir de hoje. Os aparelhos compatíveis são iPhones a partir do 5s e qualquer celular com sistema Android que possua tecnologia de desbloqueio por impressão digital, rosto ou íris.
A autnticação biométrica obrigatória em computadores chega depois de um revés do WhatsApp sobre uma mudança em termos de serviço que poderia permitir acesso a informações pelo Facebook, que controla o app desde 2014. Agora, a novidade reforça a aposta do aplicativo na privacidade dos usuários.