Voluntários online mapeiam Filipinas após tufão Haiyan
Mais de 700 colaboradores já usaram o OpenStreetMaps para reconstruir os mapas de região destruída
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2013 às 12h39.
Mais de 700 voluntários já colaboraram no remapeamento da região das Filipinas, devastada pelo tufão Haiyan nesta última semana. O objetivo é fornecer às equipes de resgate mapas de alta qualidade, que ajudem nas operações.
Os colaboradores utilizaram o OpenStreetMap para fazer, até agora, mais de 1,5 milhão de mudanças nos guias. Segundo o The Guardian, o trabalho é todo coordenado pelo grupo Humanitarian OpenStreeMap ( HOT, na sigla em inglês), que fornece, em um gerenciador de tarefas, uma lista de atualizações a serem feitas. Interessados, aliás, podem se cadastrar.
A maior parte das mudanças já feitas foram no traçado das ruas, avenidas e outras vias, e essas alterações continuam na maioria das tarefas solicitadas. Os pedidos normalmente incluem fotos de satélite, de forma a permitir que os colaboradores possam fazer o serviço de casa. O mais complexo, por exemplo, pede para que usuários mapeiem a cidade de Roxas uma região consideravelmente grande na situação atual.
Cada tarefa listada mostra quantas pessoas estão trabalhando nela e o porcentual completo no exemplo citado, 20 pessoas estão se dividindo no remapeamento, que estava 40% feito até o momento da postagem desta notícia. E, claro, além do redesenho das vias, os colaboradores ainda podem indicar o estado das construções (destruída ou danificada), o que pode facilitar ainda mais o trabalho das equipes de resgate.
Mapas colaborativos As atividades do HOT, no entanto, não começaram com o tufão nas Filipinas. De acordo com o Guardian, os colaboradores foram também os responsáveis pelo mapeamento de Porto Príncipe, no Haiti, destruída após um terremoto em 2010. O trabalho foi essencial para ajudar a Cruz Vermelha no atendimento médico no local, e se repete no país asiático.
O Humanitarian OpenStreetMaps Team também está traçando mapas para a região de Uttarakhand, na Índia (devastada por enchentes no meio de 2013), do Mali (guerra civil desde 2012) e da República Centro-Africana (conflitos entre 2012 e 2013), entre outros.