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Visa abre sua rede para desenvolvedores por inovação

Em anúncio global, a Visa lançou um programa de rede aberta para que desenvolvedores possam integrar serviços à plataforma de pagamentos

Visa: empresa anunciou a criação de uma plataforma, com abertura de sua rede (Daniel Acker/Bloomberg)

Victor Caputo

Publicado em 4 de fevereiro de 2016 às 15h59.

São Paulo – Em um anuncio global realizado hoje, a Visa divulgou que irá abrir sua rede para desenvolvedores. Com isso, a rede de pagamentos se transforma em uma plataforma aberta para integração com aplicações e softwares em geral. A empresa ressalta que é a primeira vez em seus 60 anos de existência que isso será possível.

“Em linhas gerais, essa ação irá transformar a Visa em uma plataforma”, disse a EXAME.com Mark Jamison, chefe global de pesquisa e desenvolvimento da Visa. Outra forma de explicar a decisão da Visa é dizer que a rede de pagamentos poderá ser integrada com aplicativos, sejam eles de bancos ou de comerciantes, por exemplo.

O programa se chama Visa Developer (Visa Desenvolvedor em tradução livre). Como uma empresa B2B, o consumidor não deve perceber mudanças de forma direta.

Alguns benefícios, no entanto, eventualmente chegarão com novas formas de serviço ou de segurança. Entre os parceiros iniciais da Visa estão instituições bancárias, como Emirates NBD (dos Emirados Árabes Unidos), Capital One (dos Estados Unidos), National Australian Bank (da Austrália) e até mesmo o Facebook .

Perguntei a Jamison o que ele havia visto de interessante com os novos parceiros. Ele me deu o exemplo de algo aplicado pela Emirates NBD.

“Seus clientes são, muitas vezes, executivos que viajam bastante. Eles usarão um sistema de autenticação pelo smartphone que percebe onde o dono do cartão está no mundo. Isso deve gerar menos frustração a esses clientes com rejeição dos cartões em outros países”, explicou Jamison.

Por ora, nenhum dos parceiros é do Brasil ou da América Latina. Os interessados em participar do programa devem entrar no site developer.visa.com e realizar o cadastro.

Programa audacioso

O programa de abertura da rede da Visa vem sendo implementado há meses. A empresa fez ajustes necessários, iniciou a conversa com alguns desenvolvedores parceiros (citados acima), criou APIs para integração com os outros apps e desenvolveu SDKs (que são programas de demonstração para que os desenvolvedores saibam o que é possível fazer).

Na conversa com Jamison, questionei se a ideia não era audaciosa. “A Visa tem uma função muito importante nesse mercado. Há anos desenvolvemos e criamos padrões usados por todo o sistema. Faz parte do papel da empresa continuar trabalhando em inovação”, afirmou.

Na conversa, o executivo lembrou que a empresa tem trabalhado com centros de pesquisa e desenvolvimento em diversas cidades do mundo. Eles são os Visa Developer Engagement Centers.

Um deles já está funcionando em São Francisco, nos Estados Unidos. Outras cidades, como Dubai, Cingapura e Miami receberão um centro como esse. No Brasil, São Paulo também será sede de um centro de pesquisa e desenvolvimento.

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São Paulo – Em um anuncio global realizado hoje, a Visa divulgou que irá abrir sua rede para desenvolvedores. Com isso, a rede de pagamentos se transforma em uma plataforma aberta para integração com aplicações e softwares em geral. A empresa ressalta que é a primeira vez em seus 60 anos de existência que isso será possível.

“Em linhas gerais, essa ação irá transformar a Visa em uma plataforma”, disse a EXAME.com Mark Jamison, chefe global de pesquisa e desenvolvimento da Visa. Outra forma de explicar a decisão da Visa é dizer que a rede de pagamentos poderá ser integrada com aplicativos, sejam eles de bancos ou de comerciantes, por exemplo.

O programa se chama Visa Developer (Visa Desenvolvedor em tradução livre). Como uma empresa B2B, o consumidor não deve perceber mudanças de forma direta.

Alguns benefícios, no entanto, eventualmente chegarão com novas formas de serviço ou de segurança. Entre os parceiros iniciais da Visa estão instituições bancárias, como Emirates NBD (dos Emirados Árabes Unidos), Capital One (dos Estados Unidos), National Australian Bank (da Austrália) e até mesmo o Facebook .

Perguntei a Jamison o que ele havia visto de interessante com os novos parceiros. Ele me deu o exemplo de algo aplicado pela Emirates NBD.

“Seus clientes são, muitas vezes, executivos que viajam bastante. Eles usarão um sistema de autenticação pelo smartphone que percebe onde o dono do cartão está no mundo. Isso deve gerar menos frustração a esses clientes com rejeição dos cartões em outros países”, explicou Jamison.

Por ora, nenhum dos parceiros é do Brasil ou da América Latina. Os interessados em participar do programa devem entrar no site developer.visa.com e realizar o cadastro.

Programa audacioso

O programa de abertura da rede da Visa vem sendo implementado há meses. A empresa fez ajustes necessários, iniciou a conversa com alguns desenvolvedores parceiros (citados acima), criou APIs para integração com os outros apps e desenvolveu SDKs (que são programas de demonstração para que os desenvolvedores saibam o que é possível fazer).

Na conversa com Jamison, questionei se a ideia não era audaciosa. “A Visa tem uma função muito importante nesse mercado. Há anos desenvolvemos e criamos padrões usados por todo o sistema. Faz parte do papel da empresa continuar trabalhando em inovação”, afirmou.

Na conversa, o executivo lembrou que a empresa tem trabalhado com centros de pesquisa e desenvolvimento em diversas cidades do mundo. Eles são os Visa Developer Engagement Centers.

Um deles já está funcionando em São Francisco, nos Estados Unidos. Outras cidades, como Dubai, Cingapura e Miami receberão um centro como esse. No Brasil, São Paulo também será sede de um centro de pesquisa e desenvolvimento.

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