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Venezuela desenvolve decodificador para padrão nipo-brasileiro

Governo anunciou que trabalha na elaboração do aparelho, que deve ter baixo custo

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2010 às 18h47.

Caracas - A Venezuela desenvolve um protótipo de decodificador para a recepção do padrão nipo-brasileiro de televisão digital terrestre, que será compatível com o televisor tradicional e será vendido a preços baixos, informaram hoje porta-vozes oficiais.

O decodificador está sendo desenvolvido pelo Centro Nacional de Desenvolvimento e Pesquisa de Telecomunicações (Cendit) "com talento 100% nacional", disse o organismo estatal em comunicado.

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A informação oficial não diz em que nível está o desenvolvimento do protótipo, nem revelou uma possível data de apresentação do dispositivo, que será produzido "no futuro pela Indústria Venezuelana de Telecomunicações (Invetel)".

O presidente do Cendit, Freddy Brito, afirmou que a invenção venezuelana permitirá aos habitantes do país manter os televisores tradicionais, já que "o decodificador o torna compatível com a tecnologia digital".

O aparelho desenvolvido pelo Cendit "pode ser visto como um conversor digital analógico que será adquirido a um preço econômico" pelos venezuelanos, afirmou o presidente do organismo estatal.

A televisão digital terrestre será "aberta e gratuita na Venezuela, para garantir a diminuição da exclusão digital, a inclusão social e a democratização do acesso à informação", acrescentou.

O Governo venezuelano anunciou em outubro de 2009 que escolheu o sistema nipo-brasileiro para desenvolver a televisão digital nacional, que coexistirá com o sistema analógico até 2018, quando será desativado, anunciou então o Ministério de Ciência e Tecnologia.

A implantação da televisão digital será dirigida por uma comissão presidencial que delegou ao Cendit as tarefas de pesquisar e produzir a tecnologia associada ao padrão nipo-brasileiro, além de coordenar a comissão técnica encarregada do desdobramento do sistema, informou nesta quinta-feira o organismo estatal.

Brito explicou que, "quando terminar o período de coexistência das tecnologias analógica e digital, estimado entre 10 e 12 anos, o decodificador" desenvolvido pelo Cendit "seguirá sendo útil para as pessoas que ainda tiverem televisores analógicos ou convencionais".

O presidente do Cendit também disse que o Governo venezuelano "está elaborando uma norma para permitir a entrada de televisores com o decodificador integrado" sob as normas brasileiras e japonesas

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