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Veneno pode aumentar em 70% sobrevida para câncer de pele

A toxina também retardou o desenvolvimento do tumor ou inibiu a sua formação por completo

Câncer: antes de ser testada em seres humanos, os pesquisadores estão trabalhando para obter a crotamina na forma sintética, informou o instituto (Ge Healthcare/flickr)
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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 21h10.

São Paulo - O Instituto Butantan desenvolve uma pesquisa inédita utilizando a crotamina da cascavel, uma toxina isolada do veneno do animal que aplicada em camundongos com melanoma (câncer de pele) aumentou a sobrevida do animal em até 70%, segundo comunicado divulgado à imprensa pela unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo nesta quinta-feira (1). A toxina também retardou o desenvolvimento do tumor ou inibiu a sua formação por completo.

"Desta forma, demonstramos que a crotamina serve como protótipo para o desenvolvimento de novas drogas com propriedades parecidas", explica a geneticista do Butantan e coordenadora do projeto, Irina Kerkis.

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"A crotamina tem grandes vantagens quando comparada a outras drogas anticancerígenas. Ela é facilmente solúvel em diferentes solventes, é pouco imunogênica, ou seja, não induz grave reação alérgica que pode causar choque anafilático e tem ação tóxica seletiva contra as células do melanoma, ou seja, não atinge as células normais do organismo", diz o comunicado. Antes de ser testada em seres humanos, os pesquisadores estão trabalhando para obter a crotamina na forma sintética, informou o instituto.

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