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Vendas de Chromebooks podem triplicar no 2º semestre

As vendas de Chromebooks, os notebooks com o sistema Chrome OS, podem triplicar no segundo semestre, acelerando a transição da computação pessoal para a nuvem


	Chromebook Pixel: feitos para a computação em nuvem, os notebooks do Google exigem acesso permanente à internet
 (Divulgação)

Chromebook Pixel: feitos para a computação em nuvem, os notebooks do Google exigem acesso permanente à internet (Divulgação)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 16 de julho de 2013 às 14h24.

São Paulo -- As vendas de Chromebooks -- notebooks com o sistema Chrome OS, do Google, feito para rodar aplicativos na nuvem -- podem dobrar ou até triplicar no segundo semestre, diz o noticiário taiwanês Digitimes.

Se a estimativa estiver correta, será uma boa notícia para Acer, Lenovo, HP e Samsung, os fabricantes de Chromebooks. E será uma má notícia para a Microsoft, já que o Chrome OS compete com o Windows. Será, ainda, um forte indicador de que a transição da computação pessoal para a nuvem está se acelerando.

O Digitimes fez sua projeção com base nas encomendas de peças recebidas por fornecedores taiwaneses. O noticiário tem boas fontes, mas não é rigoroso ao verificar as informações e, às vezes, erra. Por isso, convém ver esses dados com cautela.

De qualquer modo, é possível que a projeção esteja correta. Os Chromebooks são vendidos em poucos países. Se forem oferecidos em mais lugares no mundo, o volume de vendas pode crescer rapidamente. Além disso, a expansão da internet móvel 4G está tornando esses notebooks atraentes para mais usuários.

Segundo o Digitimes, o Google quer aproveitar a fraca demanda pelo Windows 8 para ampliar a presença do Chrome OS no mercado de PCs. Para isso, conta com apoio da Intel e, mais recentemente, da AMD.

O noticiário diz que há fabricantes, como a Asus, planejando entrar nesse mercado. E afirma que os fornecedores atuais estão ampliando a produção. A Acer vai multiplicá-la por três no segundo semestre; e, a Samsung, por quatro. HP e Lenovo também estariam elevando os volumes de fabricação. 


Há diversas razões que têm limitado o sucesso dos Chromebooks até agora. A mais óbvia é que eles exigem acesso permanente à internet, já que o Chrome OS funciona com aplicativos e serviços na nuvem. 

Isso é um problema em países como o Brasil, onde o acesso sem fio à internet, via Wi-Fi ou rede celular, tem limitações de área de cobertura, velocidade e confiabilidade. Mas o problema é menos significativo em países onde as redes celulares 4G já estão disseminadas, ao menos nas áreas urbanas. O 4G pode encorajar mais pessoas a terem um Chromebook em vez de um laptop convencional.

Outro problema dos Chromebooks é que eles estão à venda em poucos lugares, algo que pode mudar se o volume fabricado crescer como prevê o Digitimes. Mesmo nos Estados Unidos, as vendas se concentram em alguns varejistas, como a Amazon. 

Nessas lojas, esses laptops fazem sucesso desde que os primeiros modelos foram lançados, em 2011. Custam entre 200 e 1.449 dólares. Os modelos mais caros (caros demais na opinião de muita gente) são da sofisticada série Chromebook Pixel, do Google, à venda na loja online Google Play.

Mas são os modelos de menos de 300 dólares que fazem sucesso. Um estudo da NPD Group estima que entre 20% e 25% dos notebooks nessa faixa de preço vendidos nos Estados Unidos são Chromebooks. São apreciados principalmente por instituições de ensino. Elas gostam do fato de que os alunos não podem instalar joguinhos e nem aplicativos não autorizados neles. 

No Brasil, Chromebooks não são vendidos oficialmente. Algumas raras lojas (nenhuma muito conhecida) oferecem unidades importadas diretamente por elas por preços em torno de mil reais.

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