Sua empresa está preparada para o Open Finance? Veja os benefícios
Maiores instituições financeiras devem participar das quatro fases; as demais participam de forma voluntária. São mais de 700 entidades inscritas no Bacen
Gabriella Sandoval
Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às 09h00.
Última atualização em 12 de fevereiro de 2021 às 17h24.
Nos últimos anos, o Banco Central tem promovido uma agenda de digitalização e inovação do sistema financeiro do Brasil. Entre as principais frentes está o Open Banking. Apesar de o processo afetar diretamente o mercado, uma parte das instituições financeiras enxerga esse movimento como uma necessidade regulatória e desconhece como as mudanças podem impactar as organizações.
O Open Banking (sistema bancário aberto, em português) foi criado para possibilitar que os dados da conta de um cliente, como informações cadastrais e histórico de transações, sejam compartilhados de forma padronizada – por meio de APIs (interfaces de programação de aplicações) – com instituições devidamente reguladas. Tudo isso de forma fácil e segura.
Nele, o titular da conta decide quando e com quem deseja compartilhar suas informações, assim como a finalidade e prazos para a divulgação de seus dados, seguindo os termos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Embora a normativa afete primariamente os bancos, já está em curso sua evolução natural, o Open Finance (Finanças Abertas). “Além de bancos e fintechs, outras entidades, como corretoras de seguros, plataformas de investimentos e fundos de pensão, poderão participar do sistema regulado pelo Banco Central”, diz Leo Monte, diretor de Inovação da Sinqia.
Além dos participantes diretos – obrigatórios e voluntários – o Open Finance prevê a figura do participante indireto. Por meio da qual instituições não autorizadas pelo Banco Central, o indireto participa do novo sistema pela parceria com as instituições obrigatórias e voluntárias – com compartilhamento de dados e prestação conjunta de serviços ao consumidor. Por se tratar de parcerias com entidades não reguladas pelo Banco Central, essas contratações deverão observar uma série de requisitos previstos na Resolução Conjunta.
O novo sistema proposto pelo Bacen inclui uma série de ofertas que ajudam a integrar o setor financeiro, como investimentos, operações de câmbios, previdência complementar e seguros. “Hoje, esses serviços não se conversam, mas vai haver uma intersecção maior na contratação de serviços de entidades que ainda não se falam, estamos acompanhando um movimento integrado nessa direção e essa evolução será inédita, seremos os pioneiros em Open Finance, isso vai acelerar o surgimento de novos modelos de negócios com novas ofertas de serviços e produtos”, conclui Monte.
Vantagens
Com a mudança, quem ganha é o consumidor. Isso porque, será muito mais prático, democrático e acessível. “Comparação de serviços e tarifas, apps de aconselhamento financeiro e de planejamento, iniciação de pagamento em redes sociais, crédito entre outros”, exemplifica o executivo. “Com o Open Finance, será mais fácil entender as diferenças dos serviços, comparar taxas e escolher qual é o melhor para cada um.
Mais que isso: o Open Finance também pode trazer novos modelos de serviços para instituições do mercado. Bancos médios já enxergam possibilidades, pois têm um custo operacional muito menor. Mas o ambiente também é bem propício para novos entrantes, como as fintechs.
Até mesmo para grandes bancos, que estão acompanhando esse movimento, é um caminho de grandes transformações. Segundo um estudo da Roland Berger, é prevista uma perda de aproximadamente 110 bilhões de reais com a abertura do sistema. Com isso, abre-se a necessidade de entender como será o melhor ângulo de participação. Existe possibilidades de rentabilidade e de monetização, segundo Monte. “Estamos preparados para atender a qualquer instituição, independentemente do tamanho e das estratégias adotadas. Todos vão precisar de ajuda especializada para entender como entrar e como se adaptar para tirar o maior proveito e mitigar riscos.”
O diretor de Inovação da Sinqia também acredita que, no que diz respeito à tecnologia, as empresas não precisarão alterar muito nas primeiras fases, apenas adequar seus softwares à legislação. Já em relação à experiência do consumidor, novos serviços, dados e segurança, a mudança será grande, já que a forma como clientes irão pesquisar, comparar e contratar serviços financeiros será totalmente diferente.
Sinqia apoia instituições com serviço especializado
Atenta às transformações, a Sinqia criou um serviço especializado para apoiar entidades financeiras a se adequarem ao Open Finance. O apoio aos parceiros não está apenas na parte regulatória, mas nas possibilidades estratégicas e de inovação que a mudança pode trazer. “Entregar valor na ponta pode ajudar a adquirir mais clientes, vender melhor seus produtos e se ‘plugar’ a outros organismos”, diz Leo Monte.
A demanda, afirma o executivo, tem sido alta nos últimos meses. Dois bancos bem posicionados no mercado, por exemplo, procuraram ajuda. Isso porque, a empresa compreende a importância em apoiar os parceiros e proporcionar a melhor experiência nesse período de transição.
O apoio da Sinqia vai desde a estratégia do modelo de negócio, quais os melhores produtos neste momento a até como se estruturar internamente, o que inclui automação de processos, se necessário. Essas adaptações são fundamentais para as instituições quando o Open Finance estiver totalmente implementado – a primeira etapa começou em fevereiro de 2021 e até o fim deste ano as outras três serão concluídas.
Além disso, para atender às demandas do processo, a Sinqia montou uma estratégia robusta estruturada em três pilares. O primeiro é o de serviços, focado em educar e apoiar o mercado. “Temos 25 anos de atuação e passamos por todas as transformações do mercado financeiro. Estamos totalmente aptos para guiar as empresas nesse processo”, garante o executivo.
O segundo é voltado aos produtos (software), visa suportar a parte regulatória do Open Finance, através de uma ampliação no investimento em P&D a área está focada em analisar e embarcar novas tecnologias, segurança e performance nos produtos de todas as verticais (Bancos, Previdência, Fundos e Consórcios).
O terceiro pilar é o de inovação que será realizada por meio de corporate venture capital (capital de risco corporativo) da empresa. Uma verba inicial de R$ 50 milhões foi destinada para investir em novas tecnologias. “Estamos focados em inovação aberta e vamos trazer aceleradores para entregar produtos transformadores para os clientes plugados em nossas soluções”, conta Monte.
Entre os principais drivers de inovação que a empresa aposta estão: plataformas de Open Banking, Agregadores de dados, Risco/Fraude e Banking as a Service, entre outros.
Com uma carteira composta por mais de 480 clientes diversos do mercado financeiro, a empresa conquistou quatro vezes o prêmio de uma das maiores empresas provedoras de tecnologia e serviços para o mercado financeiro segundo o IDC. E em 2020 inaugurou com três inserções no quadrante mágico da ISG, um reconhecimento global pela excelência em prestação de serviços com foco em tecnologia e inovação.
Para saber mais sobre o Open Finance e falar com um especialista, acesse o site da empresa.