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Silk Road, maior mercado online de venda de drogas, é fechado pelo FBI e fundador vai preso

Site movimentava mais de 22 milhões de dólares por ano e inspirou surgimento de diversos clones

Silk Road (Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2015 às 13h55.

A polícia invadiu a festa, e o mercado online de venda de drogas Silk Road amanheceu com um aviso de interdição do FBI, a polícia federal americana. Segundo diversas fontes, incluindo o jornalista Brian Krebs, especialista em segurança na internet, o administrador do site, conhecido como Dread Pirate Roberts, foi preso em São Francisco.

Um processo divulgado por Krebs mostra que Ross Ulbricht, nome verdadeiro do administrador do Silk Road, enfrenta três acusações: tráfico de drogas, invasão de computadores e lavagem de dinheiro. A acusação mais grave no processo é a de que Ulbricht teria contratado um matador de aluguel para assassinar um usuário do Silk Road que ameaçou revelar às autoridades a identidade dos administradores do site.

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O pedido de prisão registra em detalhes o funcionamento do Silk Road, das negociações em bitcoins, e traz números de operações realizadas na rede. De acordo com o processo, foram feitas 1 229 465 transações no site, que movimentaram 9 519 664 Bitcoins (equivalente a mais de 1,3 bilhão de dólares na cotação de hoje).

Inaugurado em 2011, o Silk Road era o maior site de venda de drogas em atividade, e despertou uma onda de clones, em busca do mesmo sucesso comercial, como o Atlantis, que também anunciou fechamento por "motivos de segurança".

Foto de Ross Ulbricht, acusado de ser o administrador do Silk Road

Nos últimos meses, a discussão em torno desses mercados negros virtuais, hospedados em servidores escondidos na deep web, explodiu no mainstream. O Dread Pirate Roberts chegou a dar entrevista a Forbes, em que disse que não é o fundador original do site, apenas alguém que continuou a operação criada por outra pessoa, já afastada há algum tempo.

A INFO publicou em agosto uma reportagem especial sobre os bastidores da deep web e dos mercados negros virtuais em que detalha o funcionamento desses sites, suas consequências legais e sociais.

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