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Shopee em crise? Executivos ficam sem salários em meio à incerteza econômica

A operação também foi enxugada na América Latina e mordomias aos funcionários tiveram cortes

Momento ruim para a Shopee: cortes duros na operação global (LightRocket/Getty Images)
AL

André Lopes

Publicado em 22 de setembro de 2022 às 11h44.

Última atualização em 22 de setembro de 2022 às 16h14.

A festa da Shopee parece estar se esvaziando ao redor do mundo. O e-commerce, que chegou no Brasil em 2019, sempre atuou de forma agressiva subsidiando preços e entregas para avançar contra a concorrência.

Contudo, recentemente tem tomado decisões duras para conter os gastos que, até então, expandia agressivamente. O cenário nebuloso foi destacado pelo próprio CEO Forrest Li, que decidiu enviar um e-mail aos funcionários globais para alertar que o bolso da empresa ficou raso.

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No memorando, afirmou também que algumas mordomias dos colaboradores serão reduzidas. Entre elas: reembolsos para viagens agora são limitados a voos de classe econômica e US$ 150 por diária em hotéis. Em caso de viagens internacionais, refeições até US$ 30 e, quanto ao transporte, o mais barato possível.

A mais dura das medidas, do ponto de vista dos executivos de nível alto, é o fato de que eles não terão salários até que a Shopee alcance um fluxo de caixa positivo, segundo a Bloomberg. Até o aperto surtir efeito, a empresa estima entre 12 e 18 meses de vacas magras.

No cenário mais amplo, a operação também foi enxugada. Na Argentina o app foi encerrado, e também houve redução de sua presença no Chile, na Colômbia e no México.

Antes disso, a Shopee também já havia fechado na Índia, na França e na Espanha. Países como Tailândia, Indonésia e Vietnã também viram seus quadros serem diminuídos.

No balanço, os números também não empolgam. A receita cresceu 29%, mas o prejuízo líquido chegou em US$ 569,8 milhões no segundo trimestre de 2022, alavancando as perdas em 77,4% na comparação anual e justificando o aperto de cinto.

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