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Seu smartphone será um supercomputador?

A jornada para levar super chip até os aparelhos disponíveis nas lojas pode levar até dez anos, prevê a Intel, mas criará celulares que superam em 20 vezes

Smartphone do futuro imita arquitetura dos atuais supercomputadores e terá múltiplos núcleos de processamento (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2012 às 14h41.

São Paulo - Quem se surpreendeu quando a Samsung revelou que o smartphone Galaxy S III exibia um poderoso processador de quatro núcleos, vai achar ainda mais impressionante o projeto da Intel que pretende criar chips com incríveis 48 núcleos para dispositivos portáteis, como celulares inteligentes e tablets.

A jornada para levar esse super chip até os aparelhos disponíveis nas lojas pode levar até dez anos, prevê a Intel, mas criará celulares que superam em 20 vezes o poder de analisar dados dos melhores gadgets móveis que podemos encontrar hoje.

Segundo Enric Herrero, líder da pesquisa de novos chips móveis da Intel, em Barcelona, a companhia ainda estuda como os sistemas operacionais e os aplicativos do futuro poderão ser escritos para essa novíssima plataforma, com tanto núcleos.

Se a evolução das pesquisas ocorrer como Herrero espera, um usuário poderá, por exemplo, assistir vídeos em Full HD no smartphone com muito mais qualidade – já que o processador poderia usar diferentes núcleos para decodificar os quadros do vídeo. O smartphone também poderá criptografar um e-mail enquanto roda outros aplicativos que usam muito processamento, como um editor de imagens ou software para renderização de imagens 3D.

O item mais impressionante da pesquisa da Intel é que a pesquisa prevê que um smartphone super poderoso possa, ao mesmo tempo, oferecer maior velocidade e economizar energia. Como se sabe, a autonomia dos dispositivos móveis é sempre um grande obstáculo para os fabricantes de celulares. De acordo com Tanausu Ramirez, cientista envolvido no projeto, enquanto os celulares com um processador gastam muita energia para rodar todos os aplicativos no limite de sua capacidade, um aparelho com múltiplos núcleos pode rodaria rodar vários serviços paralelamente, diminuindo o consumo de energia total.


De acordo com o analista da Moor Insights, Patrick Moorhead, ouvido pelo site americano Computerworld, um smartphone com multiprocessadores terá potencial suficiente para se tornar o principal computador dos usuários, uma vez que além de portátil, ele estará sempre conectado (em função do chip de rede móvel) e também oferecerá suporte para outras telas, teclados, mouse e reconhecimento de voz.

Como se trata de um estudo recente, a estimativa é de que os usuários só poderão comprar dispositivos com a nova tecnologia em cinco a 10 anos, ao mesmo tempo em que desenvolvedores também começam a criar aplicações que processam em múltiplos núcleos. Sem isso, não há como viabilizar o uso de um smartphone com alto desempenho e capacidade energética.

O chefe de novas tecnologias da Intel, Justin Rattner, manifesta otimismo quanto ao prazo para desenvolvimento da plataforma. Ele acredita que esse processo será muito mais rápido do que cinco ou 10 anos. Para Rattner, o desafio de criar interfaces mais naturais e parecidas com a realidade humana irá guiar os requisitos computacionais num prazo curto de tempo. E ter um grande número de núcleos para processar serviços com alta performance é a maneira mais energeticamente eficiente para entregar esse nível de desempenho.

O executivo também afirma que funções como reconhecimento de voz e realidade aumentada irão impulsionar a necessidade por maior capacidade computacional.

Um analista da ZK Research ainda reforça que em alguns anos, quando os tablets e smartphones com 48 núcleos de processamento estiverem prontos para o mercado, ninguém mais precisará de um notebook ou estação de trabalho. Basta conectar seu celular a um monitor e teclado.

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São Paulo - Quem se surpreendeu quando a Samsung revelou que o smartphone Galaxy S III exibia um poderoso processador de quatro núcleos, vai achar ainda mais impressionante o projeto da Intel que pretende criar chips com incríveis 48 núcleos para dispositivos portáteis, como celulares inteligentes e tablets.

A jornada para levar esse super chip até os aparelhos disponíveis nas lojas pode levar até dez anos, prevê a Intel, mas criará celulares que superam em 20 vezes o poder de analisar dados dos melhores gadgets móveis que podemos encontrar hoje.

Segundo Enric Herrero, líder da pesquisa de novos chips móveis da Intel, em Barcelona, a companhia ainda estuda como os sistemas operacionais e os aplicativos do futuro poderão ser escritos para essa novíssima plataforma, com tanto núcleos.

Se a evolução das pesquisas ocorrer como Herrero espera, um usuário poderá, por exemplo, assistir vídeos em Full HD no smartphone com muito mais qualidade – já que o processador poderia usar diferentes núcleos para decodificar os quadros do vídeo. O smartphone também poderá criptografar um e-mail enquanto roda outros aplicativos que usam muito processamento, como um editor de imagens ou software para renderização de imagens 3D.

O item mais impressionante da pesquisa da Intel é que a pesquisa prevê que um smartphone super poderoso possa, ao mesmo tempo, oferecer maior velocidade e economizar energia. Como se sabe, a autonomia dos dispositivos móveis é sempre um grande obstáculo para os fabricantes de celulares. De acordo com Tanausu Ramirez, cientista envolvido no projeto, enquanto os celulares com um processador gastam muita energia para rodar todos os aplicativos no limite de sua capacidade, um aparelho com múltiplos núcleos pode rodaria rodar vários serviços paralelamente, diminuindo o consumo de energia total.


De acordo com o analista da Moor Insights, Patrick Moorhead, ouvido pelo site americano Computerworld, um smartphone com multiprocessadores terá potencial suficiente para se tornar o principal computador dos usuários, uma vez que além de portátil, ele estará sempre conectado (em função do chip de rede móvel) e também oferecerá suporte para outras telas, teclados, mouse e reconhecimento de voz.

Como se trata de um estudo recente, a estimativa é de que os usuários só poderão comprar dispositivos com a nova tecnologia em cinco a 10 anos, ao mesmo tempo em que desenvolvedores também começam a criar aplicações que processam em múltiplos núcleos. Sem isso, não há como viabilizar o uso de um smartphone com alto desempenho e capacidade energética.

O chefe de novas tecnologias da Intel, Justin Rattner, manifesta otimismo quanto ao prazo para desenvolvimento da plataforma. Ele acredita que esse processo será muito mais rápido do que cinco ou 10 anos. Para Rattner, o desafio de criar interfaces mais naturais e parecidas com a realidade humana irá guiar os requisitos computacionais num prazo curto de tempo. E ter um grande número de núcleos para processar serviços com alta performance é a maneira mais energeticamente eficiente para entregar esse nível de desempenho.

O executivo também afirma que funções como reconhecimento de voz e realidade aumentada irão impulsionar a necessidade por maior capacidade computacional.

Um analista da ZK Research ainda reforça que em alguns anos, quando os tablets e smartphones com 48 núcleos de processamento estiverem prontos para o mercado, ninguém mais precisará de um notebook ou estação de trabalho. Basta conectar seu celular a um monitor e teclado.

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