Tecnologia

Serviço que remove seu e-mail de newsletters será descontinuado

Com as novas regras de privacidade online na Europa, o GDPR, Unroll.me deixará de funcionar, assim como diversos outros serviços

 (Devonyu/Thinkstock)

(Devonyu/Thinkstock)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 12 de maio de 2018 às 07h00.

Última atualização em 12 de maio de 2018 às 07h00.

São Paulo – Com a nova legislação de proteção para dados pessoais na Europa, que entra em vigor no final deste mês de maio, o serviço que remove seus e-mails de newsletters, chamado Unroll.me, será descontinuado.

Em reportagem do jornal americano The New York Times de abril de 2017, a empresa foi vinculada à venda de dados anônimos que eram extraídos da caixa de entrada dos usuários que se cadastravam no seu site para eliminar inscrições de listas de e-mail em poucos segundos. Dados de volume de corridas da Uber, por exemplo, foram vendidos. A companhia fora comprada pela Slice Intelligence em 2014.

O caso não é o único. A ferramenta online de mensuração de influência em redes sociais Klout também sairá do ar no dia 25 de de maio, quando a legislação europeia entra em vigor.

A empresa Drawbridge, que rastreia usuários em diversos dispositivos com finalidade de marketing, vai deixar a Europa por causa do GDPR (General Data Protection Regulation).

Os servidores europeus do jogo Ragnarok também serão desativados pelo mesmo motivo.

Essa legislação dá mais proteção aos dados pessoais que são compartilhados com empresas e pedem expressamente o consentimento claro dos usuários para diferentes operações de tratamento de dados pessoais, ou seja, seria preciso autorizar que seus dados serão vendidos pela empresa. Enquanto isso é bom para o usuário de aplicativos, isso prejudica a estratégia de companhias que estavam estabelecidas e dependiam em parte ou totalmente dessa comercialização.

Vale notar que, enquanto muitas empresas fecharam ou saíram da Europa, outras tiveram que se adequar às exigências do GDPR. O Facebook, por exemplo, mudou a idade mínima de uso do WhatsApp e colocou no aplicativo–assim como no Instagram–um recurso que exportação de dados pessoais, algo que o Facebook já tinha na sua rede social.

Acompanhe tudo sobre:AppsEuropaPrivacidade

Mais de Tecnologia

Computadores quânticos estão mais perto de nossa realidade do que você imagina

Telegram se torna lucrativo após 11 anos, mas enfrenta críticas globais sobre moderação de conteúdo

Proibição do TikTok nos EUA pode deixar 'buraco' no setor de compras via redes sociais

Irã suspende bloqueio ao WhatsApp após 2 anos de restrições