. (Martyn Landi/PA Images via Getty Images/Getty Images)
Lucas Agrela
Publicado em 27 de maio de 2019 às 17h22.
Última atualização em 27 de maio de 2019 às 17h22.
São Paulo – A chinesa Huawei perdeu o apoio do Google, responsável pelo sistema Android que equipa os smartphones da marca. Mas a história, que começou por uma determinação de Donald Trump, não termina por aí. Diversas entidades técnicas internacionais e outras empresas importantes do ramo de eletrônicos também deixaram de apoiar a Huawei.
ARM, Intel e Qualcomm, três empresas envolvidas no negócio de processadores, deixaram de apoiar a fabricante chinesa, que lançou seus primeiros smartphones no mercado brasileiro em maio de 2018 – em uma nova tentativa de dar certo nesse ramo no Brasil.
A SD Association, responsável pelo padrão SD de cartões de memória; a Wi-Fi Alliance, que define padrões de conexão Wi-Fi; e a Jedec, que padroniza a produção de semicondutores, deixaram de apoiar a Huawei diante do dilema internacional que já se arrasta há mais de uma semana.
A Huawei foi listada pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos como uma das empresas com as quais é preciso ter permissão governamental para fazer negócios.
Richard Yu, chefe da divisão de eletrônicos de consumo da Huawei, informou que a empresa irá criar um sistema operacional para celulares, que deve chegar ao mercado em produtos que serão vendidos no último trimestre deste ano, ou seja, entre outubro e dezembro – ao menos na China, sede da companhia. Ela prevê sua chegada ao mercado com sistemas para celulares e também notebooks. Como a Microsoft também é uma empresa norte-americana, a Huawei não poderia ter produtos novos com o sistema Windows.
Os novos aparelhos com software proprietário da Huawei só chegarão ao mercado global no primeiro semestre de 2020. A empresa terá, também, uma loja de aplicativos alternativa à Play Store, que vem no Android, do Google.