Twitter: a companhia pede ajuda de usuários para formular novas políticas (Mike Blake/Reuters)
Karina Souza
Publicado em 24 de novembro de 2020 às 15h37.
Última atualização em 24 de novembro de 2020 às 16h02.
O Twitter anunciou hoje que deve voltar a verificar contas em sua plataforma a partir do ano que vem, fornecendo o tradicional selo azul com um check aos usuários. De acordo com o comunicado oficial da companhia, seis categorias serão analisadas a partir de 2021: governos, empresas, imprensa, entretenimento, esportes, ativistas e outros nomes influentes.
O mundo está mais complexo, mas dá para começar com o básico. Veja como, no Manual do Investidor
Cada um deles tem especificações claras a respeito dos critérios que serão analisados e, também, informações sobre possíveis remoções do selo de verificado. Segundo a empresa, caso o usuário viole algum dos termos de serviço disponibilizados pela rede social, ou mantenha o perfil inativo, o selo pode ser removido sem aviso prévio.
As novas diretrizes ressurgem após polêmicas que geraram a interrupção dos serviços verificados em 2017. De acordo com o Techcrunch, na época, uma conta pertencente a Jason Keller — um manifestante de supremacia branca nos Estados Unidos — foi marcada como “verificada”, o que gerou críticas à plataforma, já que especialistas de diferentes áreas tinham muita dificuldade em obter o selo. Depois do caso, a companhia pausou o sistema de verificação, argumentando que em 2018 sua prioridade seriam as eleições.
Agora, a companhia busca voltar com o novo sistema, reunindo um conjunto claro de diretrizes. Além das informações específicas para cada uma das seis áreas (que podem ser consultadas aqui), a companhia quer ouvir a opinião dos usuários para bater o martelo nas novas regras de verificação. Para opinar sobre isso, usuários podem fazer comentários com a hashtag #TwitterPolicyFeedback a partir de hoje, até o dia 8 de dezembro. A versão final das regras deve ser apresentada ainda em 2020 e deve entrar em funcionamento total a partir de janeiro de 2021.
Em 2020, o Twitter manteve uma postura proativa em relação à verificação de conteúdo durante as eleições. Em uma publicação no blog da empresa, executivos afirmam que cerca de 300.000 tuítes foram marcados pela rede social como contendo conteúdo potencialmente enganoso ou disputado. O número é equivalente a 0,2% de todas as publicações sobre eleições americanas entre os dias 27 de outubro e 11 de novembro. Desses, 456 foram cobertos por mensagens de aviso e limite de engajamento, o que impedia os tuítes de serem compartilhados e curtidos.