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São as cidades que deixam os pássaros nervosos — não porcos

Aves urbanas são mais territorialistas, barulhentas e agressivas do que seus 'primos' do campo, indica pesquisa


	Pesquisa: aves urbanas são mais territorialistas, barulhentas e agressivas do que seus 'primos' do campo.
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Pesquisa: aves urbanas são mais territorialistas, barulhentas e agressivas do que seus 'primos' do campo. (Thinkstock)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 21 de julho de 2016 às 10h09.

São Paulo - No mundo real, não são os porcos verdes que deixam os pássaros furiosos como ocorre no jogo fenômeno 'Angry Birds', mas a vida nas grandes cidades, com toda sua excitação e correria. É o que aponta um estudo da Universidade Virginia Tech, nos Estados Unidos, publicado recentemente no jornal científico Biology Letters.

As aves da cidade são mais territorialistas, barulhentas e agressivas que seus "primos" de áreas rurais, indica a pesquisa, que avaliou o comportamento de seis dezenas de pardais em três áreas rurais e urbanas, durante a primavera de 2015, época em que os pássaros constroem seus ninhos e encontram seus pares para o acasalamento.

Segundo estudo, uma possível razão para isso é que essas aves têm menos espaço, mas melhores recursos para defender. "Viver perto de seres humanos proporciona melhor comida e abrigo, mas também significa mais concorrência por esses recursos limitados", dizem os pesquisadores. 

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Eles observaram que os pássaros das cidades demonstraram níveis de agressão mais elevados e repetitivos, se mantinham mais próximos de possíveis ameaças (como uma pessoa, outros pássaros ou animais), batiam as asas frenéticamente, cantavam mais alto e forte e emitiam na sequência um som associado à defesa diante de um ataque iminente. Os pássaros das zonas rurais também se mobilizavam diante de ameaças, mas de forma menos "violenta", conforme a pesquisa.

Os resultados do estudo lançam luz sobre os efeitos da expansão da população humana sobre a vida selvagem e o meio ambiente. Seremos 9,6 bilhões de pessoas em 2050, 2 bilhões a mais que agora. Embora muitos animais evitem habitats que são impactados por seres humanos, algumas espécies podem se ajustar para viver em áreas mais urbanas, e os cientistas estão atentos a esse processo.

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