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Robô vai à escola na Rússia para ajudar aluno doente

Robô desenvolvido por instituto especializado permite que pessoas acompanhem ás aulas à distância

O robô Stepan assiste uma aula na Rússia: custo é de US$ 3 mil por unidade (Alexander Nemenov/AFP)
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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2011 às 14h15.

Moscou - Um aluno muito especial assiste às aulas na escola de número 166, em Moscou: o robô Stepan frequenta a escola para ajudar um menino com leucemia a acompanhar as matérias.

Enquanto isso, o Stepan real, um menino de 12 anos com grandes olhos azuis e cabelos castanhos, senta-se diante do seu computador em casa e participa ativamente das aulas com a ajuda de seu amigo eletrônico.

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Stepan Supin luta contra a leucemia há dois anos e seu sistema imunológico está frágil demais para que ele possa sair de casa.

Equipado com webcam, microfone e auto-falante, o robô transmite em tempo real o que acontece na sala de aula para o computador no quarto do menino.

Uma tela na parte frontal do robô literalmente permite ao Stepan de carne e osso intervir a qualquer momento para pedir uma explicação à professora ou responder a uma pergunta, explica a professora Alla Gevak.

"Nós também chamamos o nosso robô de Stepan. Quando a aula tem início, ele começa a trabalhar como qualquer outro estudante e participa muito ativamente", afirma.

Desde setembro, o robô têm ajudado o menino a acompanhar aulas como de história, geografia, inglês e francês. Outras matérias, como russo e matemática, ainda demandam visitas do professor, conta Gevak.

Stepan diz que se sente como se estivesse em sala, pois consegue controlar totalmente os movimentos do robô.

"Eu posso alterar a velocidade do robô, fazê-lo ir mais rápido ou mais devagar. Eu posso mover a cabeça dele para olhar para a direita ou para a esquerda. Eu sinto realmente como se estivesse em sala de aula", conta Stepan.

Gevak compartilha deste sentimento.

"A princípio, era um pouco estranho, mas nos acostumamos. Nos intervalos das aulas, Stepan se comunica muito ativamente com os outros alunos. Nós o tratamos como se ele estivesse aqui conosco", emenda.


Para a mãe do menino, Nina Supina, esta "presença" realmente é o que importa.

"As crianças se divertem em sala de aula, fazem travessuras e se comunicam. Stepan pode participar. Ele sente falta disso: a vida normal de um menino", conta.

Projetado em 2008 em um instituto moscovita, o robô, que custa US$ 3.000, pode receber ordens remotamente de qualquer pessoa ao redor do mundo, através da internet, explica o coordenador do projeto, Vyacheslav Kravtsov.

"Ele pode ser usado em muitos momentos da vida. Pretendemos usá-lo sobretudo no campo social, na educação, na saúde e para o trabalho remoto de pessoas com necessidades especiais", afirma.

"Há muitas pessoas com necessidades especiais no nosso país e nós precisamos ajudá-las", ressalta.

A escola de Stepan Supin recebeu o robô de graça como parte de um projeto piloto lançado por seus projetistas.

Mas embora seja muito agradecido ao seu robô, Stepan diz que espera libertar-se dele algum dia e poder frequentar novamente a escola como qualquer outro menino de sua idade.

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