Rainha do streaming, Netflix ainda fatura alto com aluguel de DVDs
Nesta semana, a empresa de Los Gatos, na Califórnia, atingiu a marca de 5 bilhões de discos alugados
Rodrigo Loureiro
Publicado em 27 de agosto de 2019 às 15h29.
São Paulo – A locadora não morreu. Pelo menos para a Netflix . Nesta semana, a companhia atingiu a marca de 5 bilhões de discos de DVD e Blu-Ray alugados desde que lançou o serviço de locação por correio, em 1998. Mais do que recordes curiosos, a modalidade rendeu quase 46 milhões de dólares aos cofres da empresa de Los Gatos, na Califórnia, no segundo trimestre deste ano.
Em números oficiais, a receita obtida com aluguel de discos pelo correio foi de 45,8 milhões de dólares entre abril e junho deste ano. O montante, que representa menos de 1% da receita de 4,9 bilhões de dólares, foi obtido graças a mensalidade paga por 2,4 milhões de clientes.
Quase por ironia, o quinto bilionésimo empréstimo foi o drama Rocketman, lançado neste ano e que conta a história do cantor britânico Elton John. Mas, ao contrário de um foguete, a locação de discos da empresa americana vem, sem qualquer surpresa, em queda livre nos últimos anos.
Em 2011, ano em que a companhia estreou o seriado House of Cards em sua plataforma de streaming, o serviço de aluguel de discos tinha pouco mais de 14 milhões de clientes contra cerca de 21,6 milhões de assinantes da plataforma de transmissão pela internet. De lá para cá, muita coisa mudou.
A queda de 500 mil clientes nos 12 meses que antecederam ao fechamento do balanço financeiro do segundo trimestre da companhia contrasta com as novas 2,7 milhões de novas assinaturas em conteúdo digital no mesmo período, totalizando 151 milhões de assinantes em todo o planeta.
Avaliada nesta terça-feira (27) em 126,4 bilhões de dólares, a Netflix mudou seu negócio e se consolidou como um player dominante em seu negócio. Para o futuro, a companhia fundada por Reed Hastings talvez precise se reinventar mais uma vez para encarar a concorrência de rivais da Disney e da Amazon . O aluguel, é claro, não será a solução, mas 46 milhões de dólares por trimestre não podem fazer tão mal assim.