Prestes a estrear ao Brasil, Xiaomi detalha sua estratégia
Executivos da Xiaomi, terceira maior fabricante de smartphones no mundo, confirmam que a empresa se prepara para estrear no Brasil e falam sobre sua estratégia
Maurício Grego
Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 10h55.
São Paulo -- A Xiaomi é um fenômeno. A empresa chinesa, fundada em 2010, cresceu velozmente nos últimos anos e já é a quinta maior fabricante de smartphones no mundo (segundo a IDC ), à frente de marcas como Sony, LG e Microsoft. Enquanto se prepara para estrear no Brasil, a Xiaomi divulgou alguns de seus planos nesta semana.
O presidente da empresa, Bin Lin, deu uma entrevista à imprensa americana junto com o brasileiro Hugo Barra, que é vice-presidente de expansão internacional. Os dois executivos falaram sobre a estratégia da Xiaomi para se expandir pelo mundo.
Noticiários como Business Insider, Cnet e Re/code acompanharam a entrevista. Veja quatro coisas que eles disseram:
1. A estreia no Brasil está confirmada
A Xiaomi lidera o mercado chinês de smartphones e faz enorme sucesso em países asiáticos como Índia, Malásia e Indonésia. Seu próximo alvo é o Brasil. Lin diz que a empresa dá prioridade a países com grande população e apetite crescente pelo comércio eletrônico.
Depois do Brasil, a Xiaomi avalia lançar seus produtos na Rússia, no Oriente Médio e em outros países da Ásia e da América Latina.
2. Nos Estados Unidos, a Xiaomi vai vender acessórios
Apesar de toda a sua agressividade, a Xiaomi tem um lado cauteloso. Levar smartphones e tablets a um novo mercado é “uma trabalheira incrível”, disse Hugo Barra. A empresa sabe que teria poucas chances no mercado americano, dominado pela Apple e pela Samsung. Lá, a prática de as operadoras subsidiarem aparelhos praticamente anula a vantagem do preço mais baixo dos chineses.
Mas a Xiaomi pretende ter uma presença nos Estados Unidos – algo importante para que sua marca seja reconhecida e valorizada. Para isso, ela vai começar a vender, lá, acessórios como roteadores, baterias e pulseiras para monitorar exercícios físicos.
3. A Xiaomi não se considera uma empresa de smartphones
Os preços baixos da Xiaomi fazem com que ela não tenha lucro substancial ao vender smartphones. Mas ela terá de ganhar dinheiro de alguma forma. Sua estratégia, diz Bin Lin, é formar uma grande comunidade de usuários e, com o tempo, oferecer serviços a eles.
A ideia é que esses serviços, que ainda estão começando a ser criados, tornem-se cada vez mais lucrativos para a Xiaomi. A empresa já tem 40 milhões de usuários em seus fóruns de bate-papo. Num dia tranquilo, eles publicam 170 mil mensagens. Em dias agitados, a conta chega a 500 mil, afirma o Re/code.
4. A próxima fronteira é a automação doméstica
Enquanto se consolida como marca de smartphones, a Xiaomi vem investindo em produtos para automação doméstica. A empresa já vende um módulo que permite usar o smartphone para controlar eletrodomésticos. Além disso, investiu em startups dessa área como a americana Misfit.
A área vem atraindo outros gigantes da tecnologia. O Google, por exemplo, pagou 3,2 bilhões de dólares pela Nest, que atua nesse ramo, no ano passado.
São Paulo -- A Xiaomi é um fenômeno. A empresa chinesa, fundada em 2010, cresceu velozmente nos últimos anos e já é a quinta maior fabricante de smartphones no mundo (segundo a IDC ), à frente de marcas como Sony, LG e Microsoft. Enquanto se prepara para estrear no Brasil, a Xiaomi divulgou alguns de seus planos nesta semana.
O presidente da empresa, Bin Lin, deu uma entrevista à imprensa americana junto com o brasileiro Hugo Barra, que é vice-presidente de expansão internacional. Os dois executivos falaram sobre a estratégia da Xiaomi para se expandir pelo mundo.
Noticiários como Business Insider, Cnet e Re/code acompanharam a entrevista. Veja quatro coisas que eles disseram:
1. A estreia no Brasil está confirmada
A Xiaomi lidera o mercado chinês de smartphones e faz enorme sucesso em países asiáticos como Índia, Malásia e Indonésia. Seu próximo alvo é o Brasil. Lin diz que a empresa dá prioridade a países com grande população e apetite crescente pelo comércio eletrônico.
Depois do Brasil, a Xiaomi avalia lançar seus produtos na Rússia, no Oriente Médio e em outros países da Ásia e da América Latina.
2. Nos Estados Unidos, a Xiaomi vai vender acessórios
Apesar de toda a sua agressividade, a Xiaomi tem um lado cauteloso. Levar smartphones e tablets a um novo mercado é “uma trabalheira incrível”, disse Hugo Barra. A empresa sabe que teria poucas chances no mercado americano, dominado pela Apple e pela Samsung. Lá, a prática de as operadoras subsidiarem aparelhos praticamente anula a vantagem do preço mais baixo dos chineses.
Mas a Xiaomi pretende ter uma presença nos Estados Unidos – algo importante para que sua marca seja reconhecida e valorizada. Para isso, ela vai começar a vender, lá, acessórios como roteadores, baterias e pulseiras para monitorar exercícios físicos.
3. A Xiaomi não se considera uma empresa de smartphones
Os preços baixos da Xiaomi fazem com que ela não tenha lucro substancial ao vender smartphones. Mas ela terá de ganhar dinheiro de alguma forma. Sua estratégia, diz Bin Lin, é formar uma grande comunidade de usuários e, com o tempo, oferecer serviços a eles.
A ideia é que esses serviços, que ainda estão começando a ser criados, tornem-se cada vez mais lucrativos para a Xiaomi. A empresa já tem 40 milhões de usuários em seus fóruns de bate-papo. Num dia tranquilo, eles publicam 170 mil mensagens. Em dias agitados, a conta chega a 500 mil, afirma o Re/code.
4. A próxima fronteira é a automação doméstica
Enquanto se consolida como marca de smartphones, a Xiaomi vem investindo em produtos para automação doméstica. A empresa já vende um módulo que permite usar o smartphone para controlar eletrodomésticos. Além disso, investiu em startups dessa área como a americana Misfit.
A área vem atraindo outros gigantes da tecnologia. O Google, por exemplo, pagou 3,2 bilhões de dólares pela Nest, que atua nesse ramo, no ano passado.