Postura do Google com impostos é errada, diz oposição
Os parlamentares acusam o Google de usar "fumaça e espelhos" para evitar o pagamento de impostos
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2013 às 14h59.
Londres - Os assuntos fiscais do Google ficaram sob novas análises parlamentares no Reino Unido nesta quarta-feira, quando o líder do Partido Trabalhista, de oposição, acusou a empresa da Internet de erroneamente tomar "medidas extraordinárias" para evitar o pagamento de impostos.
Em comentários feitos para criticar politicamente o primeiro-ministro David Cameron antes da cúpula do G8 no próximo mês, no que se tornou uma questão de grande evidência, o líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, disse que estava desapontado que o Google pagava tão poucos impostos.
"Eu não posso ser a única pessoa aqui que se sente desapontado que uma empresa tão grande como Google... ficará reduzida a argumentar que, quando se emprega milhares de pessoas na Grã-Bretanha, gera bilhões de libras de receita na Grã-Bretanha, é justo que deva pagar apenas uma fração de um por cento disto em impostos", argumentou Miliband em um evento do Google, realizado nos arredores de Londres.
"Então, quando o Google faz grandes coisas para o mundo, eu o aplaudo. Mas quando o (presidente-executivo) Eric Schmidt diz que sua abordagem atual para o imposto é apenas 'capitalismo', eu discordo. Quando o Google vai a extremos para evitar o pagamento de seus impostos, eu digo que é errado".
Os parlamentares acusam o Google de usar "fumaça e espelhos" para evitar o pagamento de impostos.
Schmidt defendeu a política fiscal de sua empresa no mesmo evento, na quarta-feira, dizendo que o seu comportamento não era antiético e que estava "tentando fazer a coisa certa".
"Praticamente todas as empresas norte-americanas têm estruturas como esta. Esta é a forma como o regime fiscal internacional funciona", disse ele a uma plateia no evento. "Se isso mudar, vamos seguir." Quando perguntado se o Google pretende cumprir com o espírito e não apenas a letra da lei tributária, ele disse que precisa que alguém lhe expliquem a distinção entre os dois.
"A resposta é mais complicada, porque estamos regidos pela lei de valores mobiliários dos EUA", disse ele. "O Google é um país... uma empresa capitalista", acrescentou ele, para os risos e aplausos da plateia.
Cameron, que colocou a regulamentação fiscal global no centro da cúpula do G8 que presidirá em junho, ficou acanhado em pinçar o Google para uma crítica, preferindo falar de modo mais geral sobre a evasão fiscal corporativa.
Miliband criticou o premiê por não assumir uma postura mais dura.
Londres - Os assuntos fiscais do Google ficaram sob novas análises parlamentares no Reino Unido nesta quarta-feira, quando o líder do Partido Trabalhista, de oposição, acusou a empresa da Internet de erroneamente tomar "medidas extraordinárias" para evitar o pagamento de impostos.
Em comentários feitos para criticar politicamente o primeiro-ministro David Cameron antes da cúpula do G8 no próximo mês, no que se tornou uma questão de grande evidência, o líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, disse que estava desapontado que o Google pagava tão poucos impostos.
"Eu não posso ser a única pessoa aqui que se sente desapontado que uma empresa tão grande como Google... ficará reduzida a argumentar que, quando se emprega milhares de pessoas na Grã-Bretanha, gera bilhões de libras de receita na Grã-Bretanha, é justo que deva pagar apenas uma fração de um por cento disto em impostos", argumentou Miliband em um evento do Google, realizado nos arredores de Londres.
"Então, quando o Google faz grandes coisas para o mundo, eu o aplaudo. Mas quando o (presidente-executivo) Eric Schmidt diz que sua abordagem atual para o imposto é apenas 'capitalismo', eu discordo. Quando o Google vai a extremos para evitar o pagamento de seus impostos, eu digo que é errado".
Os parlamentares acusam o Google de usar "fumaça e espelhos" para evitar o pagamento de impostos.
Schmidt defendeu a política fiscal de sua empresa no mesmo evento, na quarta-feira, dizendo que o seu comportamento não era antiético e que estava "tentando fazer a coisa certa".
"Praticamente todas as empresas norte-americanas têm estruturas como esta. Esta é a forma como o regime fiscal internacional funciona", disse ele a uma plateia no evento. "Se isso mudar, vamos seguir." Quando perguntado se o Google pretende cumprir com o espírito e não apenas a letra da lei tributária, ele disse que precisa que alguém lhe expliquem a distinção entre os dois.
"A resposta é mais complicada, porque estamos regidos pela lei de valores mobiliários dos EUA", disse ele. "O Google é um país... uma empresa capitalista", acrescentou ele, para os risos e aplausos da plateia.
Cameron, que colocou a regulamentação fiscal global no centro da cúpula do G8 que presidirá em junho, ficou acanhado em pinçar o Google para uma crítica, preferindo falar de modo mais geral sobre a evasão fiscal corporativa.
Miliband criticou o premiê por não assumir uma postura mais dura.