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Pesquisa aponta potencial do F-commerce no Brasil

12% dos entrevistados afirmam já ter comprado ao menos uma vez diretamente pelo Facebook, o que é considerado um percentual elevado

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2013 às 17h14.

A Hi-Mídia, empresa de mídia online especializada em segmentação e performance, e a M.Sense, especialista em estudos sobre o mercado digital, realizaram uma pesquisa intitulada "O estágio atual do F-commerce no Brasil", que faz um mapeamento do comportamento dos usuários na internet e avalia o potencial do comércio eletrônico dentro do Facebook.

O estudo foi realizado com 570 pessoas das cinco regiões do país, entre outubro e novembro de 2012.

A amostra segue aproximadamente a distribuição de região, sexo e classe social dos usuários de internet no Brasil. A metodologia adotada foi a de pesquisa quantitativa online por meio de questionário estruturado.

Cenário positivo para comércio no Facebook

Do ponto de vista de característica de acesso de internet no Brasil, a pesquisa mostra a elevada penetração do Facebook, com alta frequência de acesso (75% acessam ao menos uma vez por dia) e grande interação com as marcas presentes.

Levando-se em consideração o processo de compra, o estudo detecta a elevada confiança nos amigos e familiares em indicações de produtos: 72% discutem sobre produtos nas redes sociais e possuem familiaridade em compras online.

12% dos entrevistados afirmam já ter comprado ao menos uma vez diretamente pelo Facebook, o que é considerado um percentual elevado.

Segundo a opinião dos entrevistados que já compraram no Facebook, o conteúdo postado pelas marcas faz diferença e a categoria dos produtos adquiridos difere do ranking do e-commerce tradicional, sugerindo que existem tipos de produtos ou segmentos mais propícios para a compra social.


De acordo com Julien Turri, CEO da Hi-Midia, nas vendas pelo Facebook são privilegiados produtos customizados, divertidos ou exclusivos. “É fundamental que produtos tenham algo a dizer e não sejam comuns.

Por exemplo: uma camisa branca tem baixa sociabilidade, pois as pessoas não tem o que dizer, mas uma camisa com uma estampa diferente ganha potencial. No F-commerce, o grau de sociabilidade dos produtos é o que leva a compra”, afirma.

Outra questão apontada na pesquisa é a venda para nichos. As ferramentas de publicidade do Facebook ou a dinâmica social permitem que os lojistas de nicho ou pequenos lojistas (artesão) alcancem seu público com baixo investimento.

Para os entrevistados que nunca compraram diretamente pelo Facebook, 35% não sabiam da possibilidade, o que demonstra que não há rejeição à compra pelo Facebook, mas sim que nunca tiveram a oportunidade de comprar.

Este percentual também é reflexo da falta de iniciativas de social commerce de empresas no Brasil. Outros 28% afirmaram preferir comprar em sites de e-commerce e 23% têm a percepção de falta de segurança nas compras realizadas no Facebook.

Para o responsável pela pesquisa na M.Sense, Bruno Maletta, “o problema da falta de segurança deve ser trabalhado pelas plataformas de lojas no Facebook, pois os sistemas de pagamento são os mesmos do e-commerce tradicional. Ou seja, é muito mais uma percepção do consumidor do que uma realidade técnica”.

A pesquisa mostra que o potencial do F-commerce no Brasil é grande, cerca de 90% dos usuários da rede social teriam interesse em ferramentas de indicação e comentários de produtos com objetivo de compartilhar suas escolhas e melhorar seu processo de compra.

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