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Novo ministro de Comunicação de Lula diz que decisão da Meta 'é ruim para a democracia’

Sidônio Palmeira pede regulamentação das redes sociais

Regulamentação de redes: novo ministro alerta sobre impacto da decisão da Meta (Divulgação)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 8 de janeiro de 2025 às 15h43.

O novo ministro de Comunicação Social do governo federal, Sidônio Palmeira, escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir Paulo Pimenta na Secretaria de Comunicação Social (Secom) , afirmou que a recente decisão da Meta de encerrar o programa de checagem de fatos nos Estados Unidos é “ruim para a democracia”.

Publicitário, Palmeira assumirá oficialmente o cargo na próxima semana. A troca foi anunciada por ele e por Paulo Pimenta na última terça-feira. Entre os desafios de sua gestão, ele destacou a necessidade de modernizar a comunicação do governo e garantir que as ações “cheguem na ponta”.

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“A decisão da Meta é ruim para a democracia porque você não faz o controle da proliferação do ódio, da desinformação, da fake news. Esse que é o problema. E a gente precisa ter um controle.É preciso ter uma regulamentação das redes sociais, como já acontece na Europa e em outros países”, declarou Sidônio Palmeira a jornalistas no Palácio do Planalto na quarta-feira.

A política de checagem de fatos, implementada pela Meta há oito anos, tinha como objetivo reduzir a disseminação de desinformação em plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp. Com a mudança, a empresa passará a confiar nos próprios usuários para adicionar notas ou correções às postagens, utilizando o sistema de “Notas de Comunidade”, já aplicado no X (antigo Twitter).

Reações no Brasil

Por enquanto, a decisão vale apenas para os Estados Unidos. Contudo, o impacto da medida gerou reações no Brasil. O advogado-geral da União, Jorge Messias, também se posicionou, afirmando que o fim do programa de checagem de fatos intensifica a "desordem informacional" e reforça a necessidade de uma nova regulamentação das redes sociais no país.

Para justificar a mudança, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, afirmou que o modelo atual apresentava “muitos erros e censura demais”. Segundo ele, é hora de voltar às raízes da liberdade de expressão. Essa decisão, no entanto, levanta preocupações sobre como conter a desinformação sem um programa estruturado de moderação.

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