Exame Logo

Novo leilão 4G abre espaço para estrangeiras no país

Conselheiro da Anatel confirmou que o leilão de concessão da faixa de 700 MHz para a cobertura de quarta geração deve ser realizado em agosto

4G: mercado nacional é atraente por potencial de crescimento maior do que europeu, diz conselheiro (REUTERS/Arnd Wiegmann)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2014 às 15h48.

Rio - O novo leilão do 4G , referente à faixa de frequência de 700 MHz, é uma grande oportunidade para operadoras de telefonia estrangeiras com interesse em entrar no Brasil, disse Rodrigo Zerbone, conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Segundo o conselheiro, como o edital não prevê obrigações de cobertura como uma contrapartida para a exploração do 4G, empresas que ainda não estão instaladas no país podem planejar sua entrada e expansão em território brasileiro sem a obrigação de entregar investimentos em uma cobertura nacional num curto período de tempo.

"Esse edital é a maior oportunidade que existe para uma empresa de fora que quer entrar no mercado brasileiro, mas não quer comprar uma operadora já existente aqui. Se a operadora quiser começar a prestar o serviço apenas em São Paulo e depois ampliar a cobertura para outras regiões, ela pode. Se tem alguém interessado, essa é a hora de entrar no mercado brasileiro", afirmou Zerbone, após participar do 14º Rio Wireless, no Rio de Janeiro.

Zerbone confirmou que o leilão de concessão da faixa de 700 MHz para a cobertura de quarta geração deve ser realizado em agosto. O edital está atualmente em fase de consulta pública.

Os leilões da Anatel normalmente preveem compromissos de cobertura, em que as empresas interessadas em determinada área urbana são obrigadas a investir e entregar serviços também em áreas rurais, por exemplo.

O conselheiro da Anatel ressaltou ainda que o mercado brasileiro é atraente porque tem um potencial de crescimento maior do que o europeu, que já mostra sinais de saturação.

A faixa de 700 MHz é ocupada atualmente pelos canais de televisão analógicos, que serão realocados para uma frequência mais baixa com a entrada em vigor exclusivamente da TV digital.

Uma vez liberada, essa faixa de 700 MHz será licitada para operadoras que prestam serviço de transmissão de dados de quarta geração, o 4G.

"Essa faixa vai permitir ampliar e melhorar a qualidade da cobertura 4G. A faixa que é usada hoje para o 4G tem qualidade limitada em ambientes fechados, ela tem uma dificuldade de penetração", lembrou Zerbone.

Na avaliação do diretor do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Carlos Duprat, a concorrência com novas operadoras estrangeiras no leilão não incomodaria as companhias que já operam no país.

"Estamos aí e enfrentamos a competição sem problema nenhum", afirmou Duprat. "A gente vai tentar batalhar para conseguir mais essa faixa", acrescentou.

No entanto, ele acredita que o mercado brasileiro de telefonia não deve despertar tanto interesse estrangeiro.

"Acho natural e bastante razoável a posição da Anatel de tentar atrair mais gente para o país, mas o Brasil hoje tem um patamar muito competitivo. Então não é muito simples alguém entrar hoje e oferecer um serviço numa única cidade. Mas é uma oportunidade", analisou Duprat.

O diretor do SindiTelebrasil criticou ainda a falta de cláusulas referentes a obrigações no novo edital de exploração do 4G, mas disse que quem perde com isso é a sociedade e não as empresas de telefonia que já estão em operação no Brasil.

"Se não tem obrigação, você está abrindo mão de qualidade, de penetração em áreas rurais", apontou.

Veja também

Rio - O novo leilão do 4G , referente à faixa de frequência de 700 MHz, é uma grande oportunidade para operadoras de telefonia estrangeiras com interesse em entrar no Brasil, disse Rodrigo Zerbone, conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Segundo o conselheiro, como o edital não prevê obrigações de cobertura como uma contrapartida para a exploração do 4G, empresas que ainda não estão instaladas no país podem planejar sua entrada e expansão em território brasileiro sem a obrigação de entregar investimentos em uma cobertura nacional num curto período de tempo.

"Esse edital é a maior oportunidade que existe para uma empresa de fora que quer entrar no mercado brasileiro, mas não quer comprar uma operadora já existente aqui. Se a operadora quiser começar a prestar o serviço apenas em São Paulo e depois ampliar a cobertura para outras regiões, ela pode. Se tem alguém interessado, essa é a hora de entrar no mercado brasileiro", afirmou Zerbone, após participar do 14º Rio Wireless, no Rio de Janeiro.

Zerbone confirmou que o leilão de concessão da faixa de 700 MHz para a cobertura de quarta geração deve ser realizado em agosto. O edital está atualmente em fase de consulta pública.

Os leilões da Anatel normalmente preveem compromissos de cobertura, em que as empresas interessadas em determinada área urbana são obrigadas a investir e entregar serviços também em áreas rurais, por exemplo.

O conselheiro da Anatel ressaltou ainda que o mercado brasileiro é atraente porque tem um potencial de crescimento maior do que o europeu, que já mostra sinais de saturação.

A faixa de 700 MHz é ocupada atualmente pelos canais de televisão analógicos, que serão realocados para uma frequência mais baixa com a entrada em vigor exclusivamente da TV digital.

Uma vez liberada, essa faixa de 700 MHz será licitada para operadoras que prestam serviço de transmissão de dados de quarta geração, o 4G.

"Essa faixa vai permitir ampliar e melhorar a qualidade da cobertura 4G. A faixa que é usada hoje para o 4G tem qualidade limitada em ambientes fechados, ela tem uma dificuldade de penetração", lembrou Zerbone.

Na avaliação do diretor do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Carlos Duprat, a concorrência com novas operadoras estrangeiras no leilão não incomodaria as companhias que já operam no país.

"Estamos aí e enfrentamos a competição sem problema nenhum", afirmou Duprat. "A gente vai tentar batalhar para conseguir mais essa faixa", acrescentou.

No entanto, ele acredita que o mercado brasileiro de telefonia não deve despertar tanto interesse estrangeiro.

"Acho natural e bastante razoável a posição da Anatel de tentar atrair mais gente para o país, mas o Brasil hoje tem um patamar muito competitivo. Então não é muito simples alguém entrar hoje e oferecer um serviço numa única cidade. Mas é uma oportunidade", analisou Duprat.

O diretor do SindiTelebrasil criticou ainda a falta de cláusulas referentes a obrigações no novo edital de exploração do 4G, mas disse que quem perde com isso é a sociedade e não as empresas de telefonia que já estão em operação no Brasil.

"Se não tem obrigação, você está abrindo mão de qualidade, de penetração em áreas rurais", apontou.

Acompanhe tudo sobre:4GAnatelLeilõesTelecomunicaçõesTelefonia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Tecnologia

Mais na Exame