O modelo N8, da Nokia: problemas com a bateria (Divulgação/Nokia)
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2010 às 10h25.
Barcelona e Helsinque - A Nokia, maior fabricante mundial de celulares, anunciou na sexta-feira que algumas unidades de sua linha de celulares inteligentes N8, o produto mais sofisticado da empresa, foram vendidas com um defeito de energia que faz os aparelhos desligarem sozinhos.
O sucesso do N8, o primeiro desafio real da Nokia ao iPhone da Apple, mais de três anos depois de seu lançamento, é visto como crucial para as margens de lucros da Nokia no trimestre, dizem analistas.
Niklas Savander, vice-presidente de vendas da Nokia, informou que "um número limitado de usuários do N8" estava enfrentando o problema de celulares que se desligam sozinhos. O problema não permite o religamento do aparelho depois que a tela se apaga.
Um porta-voz anunciou que o defeito se deve a um problema de produção que já foi corrigido. Ele informou que o defeito se limita ao modelo N8 e evitou comentar um número preciso de aparelhos com problemas.
"Provavelmente nem todos os consumidores informaram a Nokia sobre os problemas, e por isso o número final de produtos defeituosos deve aumentar", disse Sami Sarkamies, analista da Nordea. "Problemas de hardware podem ser complicados de identificar e resolver", disse.
O defeito na gestão de energia deriva da maneira pela qual o componente central, que inclui a maior parte da tecnologia do celular, excluídas tampas e baterias, é instalado no Nokia N8.
"O número total de equipamentos com defeito é pequeno", disse Savander em vídeo veiculado no site da empresa.
O N8, primeiro modelo da Nokia a usar nova versão do sistema operacional Symbian, deveria originalmente ter chegado ao mercado em junho. Em abril, a Nokia anunciou que renovação do software demoraria mais que o planejado devido a problemas de qualidade e informou que o modelo seria lançado no final de setembro. Os aparelhos terminaram por chegar às lojas no mês passado.
Uma linha de celulares inteligentes com poucos atrativos frente à concorrência e os problemas de software foram vistos por analistas como principal motivo para que a Nokia substituísse Olli-Pekka Kallasvuo por Stephen Elop, oriundo da Microsoft, como presidente-executivo.