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Nike usa truques visuais para deixar jogadores “mais velozes”

Uniforme do Oregon, time de futebol americano, mostra como a inovação pode estar nos detalhes

Oregon Ducks: Nike redesenhou o uniforme para que jogadores pareçam mais rápidos (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 12h51.

São Paulo - No mundo dos esportes, as inovações não vêm apenas de novos materiais adotados nos equipamentos e acessórios. Que o digam os jogadores da equipe de futebol americano Oregon Ducks. Com alguns truques visuais no desenho do uniforme, a Nike os tornou “os mais velozes” da liga universitária dos Estados Unidos.

O termo vai entre aspas mesmo, porque o objetivo do uniforme é passar a impressão – para o público e para os adversários – de que os atletas são mais rápidos do que na realidade. Para obter essa sensação, a Nike reviu diversos pontos do uniforme tradicional, que vão da combinação de cores até o desenho do capacete. “O Oregon é um dos times mais velozes do campeonato, e queríamos representar isso”, afirmou Todd Van Horn, designer da Nike, ao site Fast Company.

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O primeiro cuidado foi com as cores, escolhidas para que os olhos dos espectadores e dos rivais se dirijam para as partes do corpo dos jogadores que se movem mais rápido nas corridas. Em particular, as mãos e as canelas – que se movem com o dobro de velocidade das coxas, quando o atleta dá um pique. Para destacá-las, a Nike adotou meias verde-limão, mesma cor da parte superior das chuteiras. Quando o jogador se desloca, os olhos são naturalmente atraídos para essas regiões mais coloridas.

Iludir o adversário é apenas uma das funções dessa escolha de cores. Ela também ajuda os próprios atletas do Oregon a localizar melhor seus companheiros em campo. “Sempre ouvimos que tudo seria mais fácil com uniformes com maior acuidade visual”, diz Horn.

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O tipo de letra que estampa o uniforme também contribui para a impressão de que os jogadores são mais esguios e altos, o que reforça a sensação de velocidade. A letra escolhida é mais larga em cima e afunila na base. Isso faz com que os ombros dos jogadores pareçam mais largos e a cintura, mais fina. O efeito é completado pelo contraste entre as camisas brancas e as calças cinzas.

Já a textura do capacete remete às camadas de fibra de carbono que preenchem também as ombreiras e as joelheiras dos jogadores. Uma empresa especializada em decalques desenvolveu o “O” que estampa o acessório. O objetivo foi criar a mesma sensação de dinamismo que as fontes da camisa. Aplicada na mesma cor das meias, sob um fundo cinza, a letra também chama a atenção do público.

É claro que uniformes sozinhos não vencem jogos. Apesar de todo o investimento em pesquisa e design, a equipe também precisa da velha e boa habilidade contra o adversário. Na última segunda-feira (10/1), por exemplo, o Oregon perdeu do Auburn por 22 a 19. E, para a Fast Company, comparado ao Oregon, o uniforme dos vencedores da noite parece saído de um álbum de figurinhas dos anos 50.

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