Nasa lançará telescópio mais potente que o Hubble em 2020
Expectativa é que novo telescópio ajude a descobrir novos mundos além do sistema solar e avançar na busca de planetas que possam abrigar vida
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2016 às 07h06.
Última atualização em 3 de abril de 2018 às 10h25.
Washington - A Nasa (agência espacial americana) lançará um telescópio espacial 100 vezes mais potente que o Hubble em meados da década de 2020, após o lançamento do James Webb em 2018.
Após anos de estudos preparatórios, a Nasa anunciou nesta quinta-feira em comunicado o início oficial da missão astrofísica do telescópio Wide Field Infrared Survey (WFIRST), que ajudará a revelar os segredos do universo.
A expectativa é que o WFIRST contribua para resolver os mistérios da energia e da matéria negra, a explorar a evolução do cosmos, a descobrir novos mundos além do sistema solar e a avançar na busca de mundos que poderiam ser aptos para a vida.
"Esta missão combina de maneira única a capacidade para descobrir e caracterizar planetas além de nosso próprio sistema solar com a sensibilidade e as óticas para olhar com amplitude e profundidade no universo na busca de resolver os mistérios da energia negra e da matéria negra", explicou John Grunsfeld, astronauta e administrador associado do diretório de missões científicas da Nasa.
O novo observatório analisará longas regiões do céu com raios de luz quase infravermelhas para responder às perguntas fundamentais sobre a estrutura e a evolução do universo, e expandir o conhecimento dos planetas que se encontram além do sistema solar.
Comparando os dados dos diferentes instrumentos do observatório, os cientistas poderão entender melhor a física e a origem das atmosferas e buscar sinais químicos em ambientes aptos para a vida.
O lançamento do telescópio está previsto para meados da década de 2020. O observatório começará a operar após viajar para um ponto de equilíbrio gravitacional conhecido como "Terra-Sol L2", que se encontra a mais de um milhão e meio de quilômetros da Terra em direção diretamente oposta ao Sol. EFE