Motorola: Aparelho 4G não será exclusivo de operadora

São Paulo - O smartphone RAZR HD da Motorola, o primeiro fabricado no Brasil compatível com as redes de frequência de 4G, em 2,5 gigahertz (GHz), poderá ser utilizado em planos de dados de todas as operadoras. Os aparelhos serão comercializados, inicialmente, pela Claro, por R$ 1.999,00 no plano pré-pago e R$ 999,00 no pós-pago, na categoria 400, segundo o vice presidente e gerente de geral da Motorola Mobility, Sergio Buniac.

A expectativa é que os consumidores adquiram os aparelhos compatíveis com a rede de 4G mesmo que esta ainda não esteja disponível comercialmente no País. "Achamos que muitos usuários vão querer comprar para o Natal", afirmou Buniac, argumentando que os aparelhos rodam também nas frequências do HSPA+, 3G e 2G. Os primeiro dispositivos devem estar disponíveis no varejo a partir da primeira semana de outubro, nas lojas da Claro. As outras operadoras podem praticar preços diferentes, ponderou o executivo da Motorola.

Um teste com o aparelho foi realizado nesta terça-feira pela Motorola com a presença do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Uma videochamada foi feita a partir de São Paulo (SP) para Campos do Jordão (SP) e Brasília (DF), no aparelho da Motorola, em 4G. Essa foi a primeira transmissão em 4G na capital paulista.

Segundo o presidente da Claro, Carlos Zenteno, foram preparadas cinco antenas na região do jóquei em São Paulo para atender especialmente a esta apresentação. Zenteno afirmou, contudo, que as antenas ficarão nesta região e que os clientes dessa área de São Paulo poderão acessar a frequência de 4G se tiverem os aparelhos compatíveis com a tecnologia. "A ideia é manter essa infraestrutura (em São Paulo)", afirmou o executivo.

Além desta região em São Paulo, outras cinco antenas compatíveis com 4G foram instaladas: em Brasília, na região da Esplanada dos Ministérios, e nas cidades de Campos do Jordão, Búzios (RJ) e Parati (RJ).

Em relação ao projeto de redução dos tributos para fabricação local de smartphones, o executivo acredita que possa ocorrer uma redução semelhante a que houve com os tablets, que foram incluídos da Lei do Bem, com queda entre 8% e 20% nos preços.

Buniac evitou dar projeções específicas de crescimento com o novo produto, mas destacou que o mercado de venda de smartphones cresceu 40% no primeiro semestre deste ano e que a empresa deve acompanhar esta evolução nos próximos meses.

Segundo Buniac, a expectativa é de que nos próximos 18 meses, com o avanço da tecnologia, novos produtos, nas mais diversas faixas de preços, possam ser lançados. O Brasil é um dos três mercados mundiais prioritários da Motorola.