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Ministro defende um organismo multilateral para internet

"Defendemos que a internet seja governada por um organismo multilateral, e não centralizada nos EUA", disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo

Paulo Bernardo: Não podemos deixar de ficar indignados com essa xeretagem em nível mundial", disse o ministro sobre as denúncias de espionagem dos Estados Unidos (Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 14h10.

Brasília - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo , criticou nesta quinta-feira, 11, a forma como a internet é regulada internacionalmente, por meio de um órgão sediado na Califórnia e sujeito às regras do Estado norte-americano.

"A governança da internet está muito mal colocada internacionalmente. Defendemos que a internet seja governada por um organismo multilateral, e não centralizada nos EUA", disse Bernardo em audiência pública conjunta das comissões de Relações Exteriores e Ciência e Tecnologia do Senado.

O ministro comentou que notícias a respeito de monitoramento e interceptação de dados são divulgadas há muito tempo pelos veículos de comunicação, mas a novidade seria o fato do ex-técnico da CIA Edward Snowden ter rompido com esse sistema e feito denúncias.

"Essa é uma oportunidade para o Brasil e todo o mundo ter conhecimento desses fatos. Não podemos deixar de ficar indignados com essa xeretagem em nível mundial. Não é anormal que Estados mantenham segurança nas redes, mas não é aceitável invadir a privacidade dos cidadãos", disse .

Bernardo citou ainda uma conversa com autoridades norte-americanas no fim do ano passado, onde elas teriam dito que um organismo multilateral abriria espaço para que governos de alguns países "bisbilhotassem" seus cidadãos. "O triste é que, apenas seis meses depois disso, ficamos sabemos que os próprios americanos têm feito isso nos últimos anos."

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Brasília - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo , criticou nesta quinta-feira, 11, a forma como a internet é regulada internacionalmente, por meio de um órgão sediado na Califórnia e sujeito às regras do Estado norte-americano.

"A governança da internet está muito mal colocada internacionalmente. Defendemos que a internet seja governada por um organismo multilateral, e não centralizada nos EUA", disse Bernardo em audiência pública conjunta das comissões de Relações Exteriores e Ciência e Tecnologia do Senado.

O ministro comentou que notícias a respeito de monitoramento e interceptação de dados são divulgadas há muito tempo pelos veículos de comunicação, mas a novidade seria o fato do ex-técnico da CIA Edward Snowden ter rompido com esse sistema e feito denúncias.

"Essa é uma oportunidade para o Brasil e todo o mundo ter conhecimento desses fatos. Não podemos deixar de ficar indignados com essa xeretagem em nível mundial. Não é anormal que Estados mantenham segurança nas redes, mas não é aceitável invadir a privacidade dos cidadãos", disse .

Bernardo citou ainda uma conversa com autoridades norte-americanas no fim do ano passado, onde elas teriam dito que um organismo multilateral abriria espaço para que governos de alguns países "bisbilhotassem" seus cidadãos. "O triste é que, apenas seis meses depois disso, ficamos sabemos que os próprios americanos têm feito isso nos últimos anos."

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