Apesar da expansão, 82% dos brasileiros ouvidos pela entrevista afirmaram nunca ter lido um e-book (Ralph Orlowski/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2012 às 12h32.
Rio de Janeiro - A penetração da leitura de e-books no Brasil já passa de 9,5 milhões de pessoas, número que representa 5% de toda a população. O índice é parte da terceira edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, do Ibope Inteligência, e mostra ainda que a maioria destes leitores é formada pelo sexo feminino, com ensino superior e faixa etária entre 18 e 24 anos.
Dividindo por região, o Centro-Oeste concentra 9% dos leitores digitais, seguido pelo Sudeste com 6%, Sul e Norte com 5% cada e Nordeste com 4%. Entre as classes sociais, a A aparece como maior consumidora, com 21%, seguida pela classe B, com 11%, e C, com 4%.
Apesar da expansão, 82% dos brasileiros ouvidos afirmaram nunca ter lido um e-book. Em relação ao conhecimento do formato, 45% dizem desconhecer totalmente a possibilidade de leitura digital, 25% afirmam que nunca ouviram falar, mas gostariam de conhecer, e 30% já escutaram algo sobre os e-books. Dos que tiveram acesso aos livros digitais, 54% “gostaram muito”, 40% “gostaram um pouco” e 6% disseram não ter gostado. Perguntados se poderiam vir a usufruir da tecnologia, 48% responderam que sim.
Outros dados que mostram possibilidades de penetração dos e-books no cotidiano do brasileiro estão relacionados a média registrada entre as faixas etárias jovens. Entre 11 e 13 anos, o percentual total de uso foi de 5%. Já entre os entrevistados de 14 e 17 anos, este patamar ficou em 7% e de 18 a 24 anos, a melhor média, de 12%.
Livros digitais x impressos
O estudo do Ibope também fez um comparativo entre livros impressos e digitais, e mostra que 52% acreditam que o formato tradicional nunca vai acabar e irá conviver igualmente com os e-books. Destes, 17% acreditam que os impressos vão continuar, mas em pequenas edições, porém 7% afirmam que é uma questão de tempo para que os livros no papel deixem de ser publicados e outros 7% constatam que os digitais serão sempre para poucos interessados.
Entre os livros comprados nos últimos três meses, em primeiro lugar aparecem os livros em geral, incluindo os digitais. E neste índice se excluem os didáticos e os de literatura indicados pela escola.