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Internet pode atingir capacidade máxima em cinco anos

Uma das possíveis formas de resolver a questão envolvia amplificar a intensidade dos sinais transmitidos pelos cabos

Internet: uma das possíveis formas de resolver a questão envolvia amplificar a intensidade dos sinais transmitidos pelos cabos (sxc.hu)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2015 às 09h58.

Não é só com fim dos endereços de IPv4 que a internet precisa se preocupar.

Segundo um artigo publicado pela New Scientist, a infraestrutura de cabos de fibra óptica da qual a web depende também está perto de atingir a capacidade máxima.

Pesquisadores, porém, já estão discutindo a melhor forma de contornar esse problema – e inclusive conversaram sobre isso em um encontro realizado na última semana na Royal Society em Londres.

De acordo com a New Scientist, o risco de que a internet atinja o limite de sua capacidade é “real, e causado por um crescimento rápido no consumo de mídia online através de serviços como Netflix e YouTube”.

“Mas a física e a engenharia podem nos ajudar a fugir disso”, diz o texto. “A web precisa apenas de alguns poucos ajustes.”

Uma das possíveis formas de resolver a questão envolvia amplificar a intensidade dos sinais transmitidos pelos cabos.

O método, porém, não pode ser usado para sempre, porque a partir de certo ponto começa a sobrecarregar as fibras e a comprometer a velocidade da transmissão e a degradar os dados que são recebidos pela outra ponta.

E é a essa ponto – um limite que equivale a 100 terabits por segundo – que devemos chegar dentro de cinco anos, nas estimativas de um dos especialistas presentes no encontro.

Como resolver, então? A pesquisadora Polina Bayvel deu a resposta com uma nova técnica para encodar dados de forma “espectralmente eficiente”, explicada em uma pesquisa que saiu ainda em outubro do ano passado.

O método é capaz de reduzir os problemas causados pelo efeito Kerr (como é chamada a mudança no índice de refração de um material), e também é útil para resolver a degradação dos dados nos cabos de fibra.

Simplificando, o processo “analisa a interferência na fibra conforme a luz viaja por ela”, segundo a New Scientist. Terminado esse “estudo”, um cálculo para entender a distorção é feito, permitindo que a ponta receptora basicamente “limpe o sinal”.

A pesquisa toda está disponível aqui e não é muito fácil de entender, mas Polina afirma no texto que conseguiu inclusive aumentar a distância da transmissão de dados em mais de 2 000 Km.

Outro método vem de David Richardon, da Universidade de Southampton, e envolve a utilização de novas fibras com mais núcleos – ou mais fibras – para transmitir dados.

A solução, porém, é mais complexa, pois os cabos são mais frágeis e, consequentemente, mais difíceis de serem estendidos por alguns milhares de quilômetros como acontece com os atuais. Ainda assim, a pesquisa deve ter pelo menos mais cinco anos para avançar.

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Não é só com fim dos endereços de IPv4 que a internet precisa se preocupar.

Segundo um artigo publicado pela New Scientist, a infraestrutura de cabos de fibra óptica da qual a web depende também está perto de atingir a capacidade máxima.

Pesquisadores, porém, já estão discutindo a melhor forma de contornar esse problema – e inclusive conversaram sobre isso em um encontro realizado na última semana na Royal Society em Londres.

De acordo com a New Scientist, o risco de que a internet atinja o limite de sua capacidade é “real, e causado por um crescimento rápido no consumo de mídia online através de serviços como Netflix e YouTube”.

“Mas a física e a engenharia podem nos ajudar a fugir disso”, diz o texto. “A web precisa apenas de alguns poucos ajustes.”

Uma das possíveis formas de resolver a questão envolvia amplificar a intensidade dos sinais transmitidos pelos cabos.

O método, porém, não pode ser usado para sempre, porque a partir de certo ponto começa a sobrecarregar as fibras e a comprometer a velocidade da transmissão e a degradar os dados que são recebidos pela outra ponta.

E é a essa ponto – um limite que equivale a 100 terabits por segundo – que devemos chegar dentro de cinco anos, nas estimativas de um dos especialistas presentes no encontro.

Como resolver, então? A pesquisadora Polina Bayvel deu a resposta com uma nova técnica para encodar dados de forma “espectralmente eficiente”, explicada em uma pesquisa que saiu ainda em outubro do ano passado.

O método é capaz de reduzir os problemas causados pelo efeito Kerr (como é chamada a mudança no índice de refração de um material), e também é útil para resolver a degradação dos dados nos cabos de fibra.

Simplificando, o processo “analisa a interferência na fibra conforme a luz viaja por ela”, segundo a New Scientist. Terminado esse “estudo”, um cálculo para entender a distorção é feito, permitindo que a ponta receptora basicamente “limpe o sinal”.

A pesquisa toda está disponível aqui e não é muito fácil de entender, mas Polina afirma no texto que conseguiu inclusive aumentar a distância da transmissão de dados em mais de 2 000 Km.

Outro método vem de David Richardon, da Universidade de Southampton, e envolve a utilização de novas fibras com mais núcleos – ou mais fibras – para transmitir dados.

A solução, porém, é mais complexa, pois os cabos são mais frágeis e, consequentemente, mais difíceis de serem estendidos por alguns milhares de quilômetros como acontece com os atuais. Ainda assim, a pesquisa deve ter pelo menos mais cinco anos para avançar.

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