Internet pode afetar o cérebro como álcool e cocaína
Pesquisa mostra que pessoas viciadas em internet podem ter alterações no cérebro semelhantes às causadas por drogas
Da Redação
Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 18h58.
São Paulo - O vício pela internet pode afetar o cérebro da mesma maneira que a dependência das drogas. Cientistas chineses analisaram imagens cerebrais de adolescentes diagnosticados com "transtorno do vício de internet" e descobriram que as alterações nos órgãos dos pacientes eram semelhantes às observadas em pessoas viciadas em álcool, maconha e cocaína. A descoberta poderá ajudar no desenvolvimento de novas abordagens de tratamento. O estudo foi publicado no periódico PLoS One.
Resultado: O estudo relacionou, pela primeira vez, o vício pela internet e danos ao cérebro. Os dados mostraram que viciados em internet possuem alterações no cérebro semelhantes às pessoas viciadas em drogas como a maconha e a cocaína.
O pesquisa, financiada pela Fundação de Ciências Naturais da China, analisou imagens de cérebro de 17 adolescentes viciados em internet e as comparou com 16 jovens saudáveis. Os resultados mostraram danos nas fibras de massa branca cerebral que conectam regiões envolvidas no processamento das emoções, atenção, tomada de decisão e controle cognitivo. Alterações semelhantes já foram observadas em estudos com pessoas viciadas em álcool e cocaína.
Os autores admitem que não é possível dizer se as mudanças no cérebro são causa ou consequência do vício pela internet - é possível que pessoas jovens com alterações cerebrais sejam mais propensas ao vício. "Os resultados sugerem que a integridade da massa branca pode servir como base para o tratamento de pessoas que não conseguem se desvencilhar da internet", disseram os autores.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Abnormal White Matter Integrity in Adolescents with Internet Addiction Disorder: A Tract-Based Spatial Statistics Study
Onde foi divulgada: periódico PLoS One
Quem fez: Fuchun Lin1, Yan Zhou, Yasong Du, Lindi Qin, Zhimin Zhao, Jianrong Xu, Hao Lei
Instituição: Jiao Tong University Medical School, Xanghai
Dados de amostragem: 17 adolescentes viciados em internet, 16 adolescentes saudáveis
São Paulo - O vício pela internet pode afetar o cérebro da mesma maneira que a dependência das drogas. Cientistas chineses analisaram imagens cerebrais de adolescentes diagnosticados com "transtorno do vício de internet" e descobriram que as alterações nos órgãos dos pacientes eram semelhantes às observadas em pessoas viciadas em álcool, maconha e cocaína. A descoberta poderá ajudar no desenvolvimento de novas abordagens de tratamento. O estudo foi publicado no periódico PLoS One.
Resultado: O estudo relacionou, pela primeira vez, o vício pela internet e danos ao cérebro. Os dados mostraram que viciados em internet possuem alterações no cérebro semelhantes às pessoas viciadas em drogas como a maconha e a cocaína.
O pesquisa, financiada pela Fundação de Ciências Naturais da China, analisou imagens de cérebro de 17 adolescentes viciados em internet e as comparou com 16 jovens saudáveis. Os resultados mostraram danos nas fibras de massa branca cerebral que conectam regiões envolvidas no processamento das emoções, atenção, tomada de decisão e controle cognitivo. Alterações semelhantes já foram observadas em estudos com pessoas viciadas em álcool e cocaína.
Os autores admitem que não é possível dizer se as mudanças no cérebro são causa ou consequência do vício pela internet - é possível que pessoas jovens com alterações cerebrais sejam mais propensas ao vício. "Os resultados sugerem que a integridade da massa branca pode servir como base para o tratamento de pessoas que não conseguem se desvencilhar da internet", disseram os autores.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Abnormal White Matter Integrity in Adolescents with Internet Addiction Disorder: A Tract-Based Spatial Statistics Study
Onde foi divulgada: periódico PLoS One
Quem fez: Fuchun Lin1, Yan Zhou, Yasong Du, Lindi Qin, Zhimin Zhao, Jianrong Xu, Hao Lei
Instituição: Jiao Tong University Medical School, Xanghai
Dados de amostragem: 17 adolescentes viciados em internet, 16 adolescentes saudáveis