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Instagram é a rede social mais nociva à saúde mental

Aplicativo tem impacto negativo no sono e na autoimagem dos jovens, mostra pesquisa

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Instagram: quanto mais tempo você passa diante do celular ou do computador, mais tempo você quer ficar (Reprodução/Bloomberg)

Instagram: quanto mais tempo você passa diante do celular ou do computador, mais tempo você quer ficar (Reprodução/Bloomberg)

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Pâmela Carbonari, da Superinteressante

Publicado em 19 de maio de 2017 às, 17h10.

Última atualização em 22 de maio de 2017 às, 11h28.

Sabe aquele baixo astral que dá quando você fica muito tempo nas redes sociais? Não é só com você. Além do tempo perdido, as horas conectado também afetam nossa saúde mental.

A coisa funciona como uma droga, afinal: quanto mais tempo você passa diante do celular ou do computador, mais tempo você quer ficar.

A metáfora não é em vão. Redes sociais são mais viciantes que álcool e cigarro é o que diz a pesquisa realizada pela instituição de saúde pública do Reino Unido, Royal Society for Public Health, em parceria com o Movimento de Saúde Jovem.

E, dentre elas, o Instagram foi avaliado como a mais prejudicial à mente dos jovens.

Os resultados mostram que 90% das pessoas entre 14 e 24 anos usam redes sociais – mais do que qualquer outro grupo etário, o que os torna ainda mais vulneráveis a seus efeitos colaterais.

Ao mesmo tempo, as taxas de ansiedade e depressão nessa parcela da população aumentaram 70% nos últimos 25 anos.

Os jovens avaliados estão ansiosos, deprimidos, com a autoestima baixa, sem sono, e a razão disso tudo pode estar na palma das mãos deles: nas redes sociais, justamente.

Ao longo da pesquisa, 1.479 indivíduos entre 14 e 24 anos tiveram que ranquear o quanto as principais redes (Youtube, Instagram, Twitter e Snapchat) influenciavam seu sentimento de comunidade, bem-estar, ansiedade e solidão.

O estudo mostrou que o compartilhamento de fotos pelo Instagram impacta negativamente o sono, a autoimagem e a aumenta o medo dos jovens de ficar por fora dos acontecimentos e tendências (FOMO, fear of missing out).

Segundo a pesquisa, o site menos nocivo é o YouTube, seguido do Twitter. Facebook e Snapchat ficaram em terceira e quarta posição, respectivamente.

Apesar do Youtube ser um dos sites que mais deixam os jovens acordados até altas horas, o site foi avaliado como o que menos prejudicou o bem-estar dos participantes. Instagram, em contrapartida, recebeu mais da metade das avaliações negativas.

Sete em cada 10 voluntários disseram que o app fez com que eles se sentissem pior em relação à própria autoimagem.

Entre as meninas, o efeito Instagram foi ainda mais devastador: nove em cada 10 se sentem infelizes com seus corpos e pensam em mudar a própria aparência, cogitando, inclusive, procedimentos cirúrgicos.

O Snapchat também não foi tão animador.

O app de mensagens multimídia instantânea teve os piores resultados: é o que contribui para privação de sono e o sentimento de ficar por fora (FOMO).

Muitos jovens destacaram o fato de sofrerem bullying nas redes sociais, sendo o Facebook o pior neste quesito – dois terços dos entrevistados acreditam que a rede de Zuckerberg deixa o cyber-bullying ainda mais cruel.

A “vida perfeita” compartilhada nas redes sociais faz com que os jovens desenvolvam expectativas irreais sobre suas próprias vivências.

Não à toa, esse perfeccionismo atrelado à baixa estima pode desencadear sérios problemas de ansiedade.

Os pesquisadores advertem: os usuários que passam mais que duas horas diárias conectados em mídias sociais são mais propensos a desenvolverem distúrbios de saúde mental, como estresse psicossocial.

As autoridades de saúde que realizaram o estudo pedem que as plataformas mandem mensagens e alertas para prevenir o uso descontrolado das redes e criem ícones especiais para indicar quando as fotos forem editadas, prevenindo assim que as pessoas se sintam mal em relação a sua aparência.

Os cientistas também sugerem que as redes auxiliem a identificar sinais de que os usuários estão passando por problemas de saúde mental através do conteúdo publicado e que ofereçam algum tipo de suporte emocional a essas pessoas.

“As plataformas que supostamente ajudam os jovens a se conectarem podem estar alimentando uma crise de saúde mental “, afirmou a Royal Society for Public Heath, na divulgação dos resultados da pesquisa.

Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Superinteressante.

22/05 - 11:28 Atualização de EXAME.com: O Instagram enviou a EXAME.com uma nota na qual se posiciona sobre o assunto. Veja abaixo na íntegra.

"Manter o Instagram um lugar seguro e de apoio, onde todos se sentem confortáveis para se expressar é a nossa prioridade - especialmente quando se trata de jovens. Diariamente, pessoas do mundo todo utilizam o Instagram para compartilhar suas trajetórias pessoais em busca de saúde mental e obter apoio da comunidade. Queremos que as pessoas que precisam lidar com problemas de saúde mental possam encontrar no Instagram o apoio necessário a qualquer momento. Por isso, trabalhamos em parceria com especialistas para disponibilizar as ferramentas e informações necessárias para que as pessoas saibam como denunciar conteúdo, obter apoio para um amigo que está precisando ou entrar em contato diretamente com um especialista para pedir conselhos sobre uma questão com a qual eles estejam lidando”

Michelle Napchan, líder de políticas públicas do Instagram na Europa, onde o estudo foi realizado

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