Índia: Google, Skype e RIM têm de garantir segurança
Governo exige que empresas de tecnologia tomem medidas contra militantes da oposição e espionagem eletrônica
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2011 às 13h30.
Nova Delhi - A Índia anunciou que pode tomar medidas contra qualquer empresa, incluindo o Google, depois de reprimir o BlackBerry como parte de seu esforço para manter o mercado de telefonia móvel que mais cresce no mundo seguro contra militantes e espionagem eletrônica, afirmou uma fonte do governo.
A Research in Motion, fabricante do BlackBerry, no entanto, expressou otimismo, sobre sua capacidade de resolver as preocupações indianas.
A Índia deu à RIM prazo até 31 de agosto para que atenda ao pedido de acesso a emails e serviços de mensagens instantâneas que são transmitidos pelos usuários do aparelho, sob pena de impedir seu funcionamento no país.
A companhia está sob pressão de governos de todo o mundo que desejam acesso aos seus códigos de encriptação de mensagens transmitidas pelo BlackBerry. Outras empresas também enfrentam pressões desde que as autoridades reforçaram campanha contra militantes islâmicos que utilizam aparelhos de comunicação móvel.
"Sempre que existe preocupação devido a questões de segurança nacional o governo vai desejar acesso, e todos os países têm o direito a interferir legalmente", disse um importante funcionário do setor de segurança indiano à Reuters, pedindo que seu nome não fosse revelado.
Militantes baseados no Paquistão utilizaram celulares e telefones via satélite no ataque a Mumbai em 2008, que causou a morte de 166 pessoas. Os militantes são suspeitos de usar serviços de telefonia via Internet.
As autoridades estão estudando há um ano os serviços de mensagens do Google, Skype e outros provedores de comunicação na Índia.
Robert Crow, vice-presidente da RIM, disse que acredita ser possível chegar a um acordo com o governo.
"Estou otimista", afirmou Crow, depois de uma reunião com funcionários do Ministério do Interior indiano. "Foi um passo em uma jornada muito longa."
A Índia já forçou as operadoras de telefonia móvel, entre as quais a líder de mercado Bharti Airtel, a seguir regras estritas de importação na compra de equipamentos para redes de telecomunicação.
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