Hackers russos tentam roubar pesquisas sobre vacina contra covid-19
Segundo o governo do Reino Unido, outros países como o Canadá e os Estados Unidos também foram afetados pelos hackers
Tamires Vitorio
Publicado em 16 de julho de 2020 às 10h33.
Última atualização em 16 de julho de 2020 às 11h05.
O governo do Reino Unido anunciou nesta quinta-feira (16) que hackers da Rússia tentaram entrar em seus sistemas para derrubar pesquisas sobre vacinas contra o novo coronavírus. Segundo posicionamento do governo britânico, outros países como o Canadá e os Estados Unidos também foram afetados pelos hackers.
De acordo com os oficiais britânicos, o grupo conhecido como APT29, ou Cozy Bear, estavam tentando fazer ataques cibernéticos de forma persistente em organizações que estão envolvidas no desenvolvimento de vacinas contra a covid-19. O governo acredita que isso é uma manobra "maliciosa" para roubar as pesquisas.
"Nós condenamos esses ataques maliciosos contra aqueles que estão fazendo um trabalho vital para combater a pandemia do coronavírus", disseram os britânicos em comunicado. "Trabalhando com nossos aliados, o Centro Nacional de Segurança Cibernética (NCSC na sigla em inglês) está comprometido a proteger nossas pesquisas e nossa prioridade número um é proteger o setor de saúde."
Essa não é a primeira vez que um país é acusado de hackear o outro para conseguir informações sobre vacinas em potencial. Em maio, o FBI anunciou que a China havia tentado hackear pesquisas sobre o SARS-CoV-2 feita pelos Estados Unidos, acirrando ainda mais a briga entre os dois países.
Nesta semana, a Universidade de Sechenov, na Rússia, anunciou que teve sucesso na primeira fase de testes clínicos de uma vacina contra o vírus e que ela poderá ser distribuída até agosto deste ano. Pouco tempo depois, a empresa americana Moderna também anunciou que teve bons resultados em sua proteção contra a doença. O Reino Unido, por sua vez, tem uma das vacinas mais avançadas em termos de testes, que é o caso da produzida pela Universidade de Oxford em parceria com a companhia anglo-sueca AstraZeneca, uma das duas em fase de testes.