Google diminui resultados de busca para favorecer seus próprios negócios, diz estudo
O documento afirma que a quantidade de resultados que o Google exibe no topo de suas páginas é inferior ao material oferecido em sites adversários
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2015 às 09h46.
Um estudo realizado por um professor da Universidade de Direito de Columbia, Tim Wu, em parceria com a Yelp, sugere que o Google diminui seus resultados de busca para favorecer negócios próprios.
O documento afirma que a quantidade de resultados que o Google exibe no topo de suas páginas é inferior ao material oferecido em sites adversários. Para comprovar as alegações, cientistas de dados da Yelp realizaram testes A/B utilizando um plugin de internet chamado Focus on the User, que usa o algoritmo de busca da gigante sem exibir resultados do Google+.
Eles demonstraram que, ao buscar por pediatras em NY, por exemplo, a busca feita pela gigante exibiu 31 resultados todos com avaliações feitas por meio da rede social do Google. Já na busca feita por meio do plugin, foram exibidos 719 resultados, nenhum deles linkados ao Google+. Veja as imagens abaixo:
O estudo de Wu afirma que o Google está reduzindo e prejudicando seus resultados de busca propositalmente, e que isso prejudica tanto os consumidores quanto o mercado. Quando o Google intencionalmente degrada sua pesquisa de modo a prejudicar seus concorrentes, o impacto pode ser sentido por ambos os lados do mercado por parte dos consumidores, que não recebem os resultados (e produtos) que mais valorizam, e pelos comerciantes, que de outra maneira poderiam vender para eles, diz o documento.
É um exercício legal de monopólio se fere os concorrentes ao mesmo tempo em que ajuda os consumidores, mas se fere os consumidores ao mesmo tempo em que prejudica concorrentes, não há justificativa para o comportamento", afirma o estudo.
Esta não é a primeira vez que a empresa é acusada de exibir, em suas buscas, resultados que a favorecem. Em abril deste ano, a União Europeia acusou formalmente o Google de práticas monopolistas ilegais, afirmando que a empresa abusou de sua posição de líder do mercado ao priorizar seus próprios serviços nos resultados de busca, afastando usuários de seus concorrentes.
O estudo completo pode ser visto neste link.