As lojas do Google devem ajudar na divulgação dos óculos high tech usados por Sergey Brin nesta foto (Justin Sullivan / Getty Images)
Maurício Grego
Publicado em 18 de fevereiro de 2013 às 11h35.
São Paulo — O Google se prepara para abrir uma rede de lojas de varejo. A informação é do site 9to5Google, que diz tê-la recebido de uma fonte “extremamente confiável”. Elas deverão vender seus smartphones e tablets Nexus, além dos óculos Google Glass, que a empresa pretende lançar para o público geral no segundo semestre.
O 9to5Google diz que as novas lojas vão vender uma gama ampla de produtos. Pode-se supor que os tablets e smartphones da linha Nexus estarão entre eles, assim como os Chromebooks, notebooks que rodam o sistema operacional Chrome OS e funcionam em conjunto com serviços e aplicativos do Google na web.
Mas, segundo o site, a principal razão para essa investida no varejo seria divulgar os óculos Google Glass, que a empresa pretende lançar para o público geral no segundo semestre. Esses óculos, que rodam o sistema Android, exibem informações para o usuário e captam imagens por meio de uma câmera embutida, além de funcionar como viva voz para o smartphone.
Estima-se que o Google Glass vá custar entre 500 e 1.000 dólares nos Estados Unidos. É o preço de um ótimo tablet, por exemplo. Mas muitos consumidores nem sabem para que serve esse gadget futurista.
Assim, o Google teria chegado à conclusão de que a melhor maneira de vendê-lo é deixar as pessoas experimentá-lo. Para isso serviriam as lojas. Numa etapa posterior, a empresa teria decidido vender outros produtos nelas. As primeiras lojas devem ser abertas nos Estados Unidos no segundo semestre deste ano.
E o fato é que o Google já vem testando o varejo há algum tempo. Nos Estados Unidos, a empresa tem quiosques dentro das lojas de eletrônicos Best Buy e até em aeroportos – estes em parceria com a Virgin. Servem para divulgar os Chromebooks.
Se o Google quiser inspiração, pode dar uma olhada nas lojas da Apple. São 400 unidades em 14 países. Elas são muito lucrativas, como já declarou o CEO Tim Cook, e as mais bem localizadas estão sempre lotadas. Além disso, são estratégicas para divulgar os produtos da Apple.
Mas imitar esse modelo não é fácil. Tanto a Microsoft como a Samsung possuem suas próprias lojas de varejo, mas estão longe do sucesso extraordinário da Apple nessa área. Talvez o Google tenha de encontrar sua própria fórmula em vez de apenas copiar a da rival.