Tecnologia

Gigantes da indústria pornô se unem contra a pirataria

Estúdios começaram a colaborar em processos contra quem compartilha vídeos pornográficos digitais em redes ponto a ponto

Processos ameaçam expor publicamente os nomes dos acusados de pirataria pornô (.)

Processos ameaçam expor publicamente os nomes dos acusados de pirataria pornô (.)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2010 às 10h23.

San Francisco - A sabidamente fragmentada indústria da pornografia se une para combater a pirataria na era da internet, que ameaça sua sobrevivência, com a apresentação de processos contra usuários de redes P2P e a organização de uma feira, que será celebrada em outubro nos Estados Unidos.

Os estúdios começaram a colaborar em processos contra quem compartilha vídeos pornográficos digitais em redes ponto a ponto (conhecidas como P2P) e estão explorando ferramentas tecnológicas para rastrear e proteger seu material on-line.

Entretanto, a Pink Visual está reunindo dezenas de operadores de estúdios de entretenimento adulto em um inédito Retiro de Proteção de Conteúdo no Arizona, em outubro, para discutir formas de se combater a pirataria e defender a propriedade intelectual.

"Brincamos dizendo que não conseguimos concordar sobre onde almoçar, mas isto está ficando grande e estamos dispostos a deixar de lado o ego para trabalharmos juntos na busca de soluções", disse o diretor do Lightspeed Studio, Steve Lightspeed.

"A pirataria na internet está muito mais disponível para o usuário médio do que nunca esteve", acrescentou.

A tecnologia na internet, que começou representando um 'boom' para os produtores da pornografia, ao permitir assistir discretamente vídeos ou fotos nos computadores pessoais, se voltou contra a indústria pornô, segundo o presidente da Pink, Allison Vivas.

"Naquela ocasião, as pessoas estavam dispostas a pagar muito dinheiro por pornografia, mas agora parece que a maioria dos usuários pensa que o conteúdo adulto é grátis", disse Vivas. "É uma grande mudança em poucos anos", acrescentou.

Nas últimas semanas, os produtores de pornografia começaram a apresentar processos contra pessoas que compartilham material adulto em sites de BitTorrent, que usam redes P2P para partilhar conteúdo digital.

A Larry Flynt Publications processou 635 indivíduos em uma corte do Texas (sudoeste) em 20 de setembro, no primeiro processo da companhia contra usuários de sites de BitTorrent, e ameaçou com novos.

Os processos ameaçam expor publicamente os nomes dos acusados de pirataria pornô, o que por si só poderia agir como uma dissuasão.

Leia mais notícias sobre crimes digitais

Siga as notícias de tecnologia do site EXAME no Twitter

Acompanhe tudo sobre:ArteCinemacrimes-digitaisEntretenimentoInternetseguranca-digital

Mais de Tecnologia

Como o Google Maps ajudou a solucionar um crime

China avança em logística com o AR-500, helicóptero não tripulado

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia

Amazon é multada em quase R$ 1 mi por condições inseguras de trabalho nos EUA