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Gases do efeito estufa alcançam novo recorde mundial

A concentração de dióxido de carbono na atmosfera global ultrapassou as 400 partes por milhão em março

Fumaca (Paul Falardeau)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2015 às 09h00.

Cientistas do governo dos Estados Unidos indicaram nesta quarta-feira que as concentrações globais de dióxido de carbono atingiram um recorde de média global de 400 partes por milhão em março.

Em grandes quantidades, o dióxido de carbono é um poderoso e perigoso gás de efeito estufa, produto das atividades humanas, entre as quais a combustão de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo, e o desmatamento.

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"Pela primeira vez desde que medimos a concentração de dióxido de carbono na atmosfera global, a concentração mensal deste gás de efeito estufa ultrapassou as 400 partes por milhão (ppm) em março de 2015", informou a Agência Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) .

Os cientistas anunciaram que o dióxido de carbono excedeu a barreira de 400 ppm (número de moléculas de gás por milhão de moléculas de ar seco) pela primeira vez no Ártico em 2012.

"Alcançar uma média de 400 partes por milhão em todo o mundo era apenas uma questão de tempo", disse o cientista Pieter Tans, que lidera a rede global sobre os gases de efeito estufa (Global Greenhouse Gas Reference Network).

Tans indicou que as quantidades de C02 aumentaram em mais de 120 ppm desde a era pré-industrial. Metade deste aumento foi produzido desde 1980, disse ele.

Cientistas garantem que o aumento de CO2 por milhão produz, entre outras coisas, o aumento das temperaturas na Terra e uma desordem climática.

O dióxido de carbono é uma parte natural da atmosfera da Terra, mas a queima de combustíveis fósseis emite quantidades excessivas no ar e cria um cobertor que retêm o calor ainda mais.

"A eliminação de cerca de 80% das emissões de combustíveis fósseis faria parar imediatamente o aumento do dióxido de carbono na atmosfera, mas as concentrações de dióxido de carbono só vão começar a diminuir até que sejam feitas ainda mais reduções", afirmou James Butler, diretor da Divisão de Monitoramento Global da NOAA.

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