Resíduo de óleo ampliado: assim, especialistas conseguem identificar as mínimas anomalias (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2011 às 16h18.
A Ford introduziu em seu campo de pesquisas de qualidade um inédito Microscópio de Escaneamento Eletrônico, que é capaz de aumentar uma peça em até 200.000 vezes. Com esse aparelho, usado no desenvolvimento e análise de peças, a precisão é absoluta e pode fazer objetos do dia a dia parecerem coisas do outro mundo comparado ao que o olho humano é capaz de ver normalmente.
A partir de agora, é possível ampliar as imagens usando elétrons em vez de ondas de luz, método que resulta em reproduções tridimensionais e altamente detalhadas. Com a colocação de amostras na câmara de vácuo do microscópio, elas são submetidas a um feixe de elétrons que percorre suas superfícies, gerado por uma série de bobinas eletromagnéticas.
Com isso, esse feixe eletrônico rebate na face do material e os elétrons refletidos são direcionados para algo parecido com uma tela de TV de raios catódicos tradicional. É nessa tela que as imagens da peça ampliada são criadas.
O exame das peças no supermicroscópio permite aos especialistas identificar as mínimas anomalias e reagir de forma adequada para corrigi-las.
O Microscópio de Escaneamento Eletrônico, também identificado pela sigla SEM (Scanning Electronic Microscope), investiga todos os critérios adotados para o desenvolvimento de uma peça dentro dos requerimentos da marca. “Anomalias minúsculas podem ser descobertas usando-se o SEM. Com esse nível de ampliação, qualquer defeito torna-se rapidamente perceptível”, diz Roger Davis, engenheiro de materiais e testes da Ford Europa.
“As imagens são impressionantes ao nível de uma gota de óleo parecer um planeta alienígena ou mesmo de detalhes minúsculos de uma peça de metal remeterem a uma obra de arte abstrata”, ressalta o engenheiro da Ford ao exemplificar as imagens extremamente ampliadas do Microscópio de Escaneamento Eletrônico.